Este blog está encerrado.

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o concerto

Hoje de manhã, toda a gente só falava do concerto da Amy Winehouse que tinha visto na televisão. Pareciam os velhos tempos - os de antes do YouTube, obviamente.

o final

O melhor blog português acabou.

as canções

A música menos desejada é bem mais interessante. A começar pelo dissecar da coisa. Primeiro, a coisa tem mais de 20'! E, nesse tempo todo, não se optou pelas dissonâncias, que seria uma saída expectável. Há um coro de putos a cantar coisas desnexadas, seja sobre o Dia dos Veteranos, seja sobre o Dia do Trabalhador ou os feriados e ocasiões religiosos (o cristão Natal ou o Yom Kippur judeu), com uma mensagem publicitária final («faça as suas compras no Walmart!»), há rap-ópera por uma soprano (juro!), há bluegrass e muitas outras coisas.
A diferença entre estas duas canções, que o Olavo Lúpia desencantou da dupla de designers Komar & Melamid e do compositor Dave Soldier, é tão gritante em vantagem da supostamente "canção mais indesejada" que eu só posso concluir pela ironia. Pelo amor da santa, ouçam bem isto.

as seis palavras

Em resposta, eu dispenso, muito obrigado.

o acordo ortográfico

A verdade é que ele só vai entrar mesmo em vigor quando o Microsoft Word mudar automaticamente o corrector ortográfico. Até aí, será só mais um papel impresso, com a relevante diferença de ser assinado.

o (ou os?) au

Eu nunca gostei muito de Animal Collective, mas gosto mesmo muito de Au (que, ao que parece, diz-se "hey you"). São bastante parecidos. Explicações agradecem-se, mas pergunto: a editora diz que "Au is the future of American music". Será por causa disso?

E, já que estamos a falar do assunto, como posso eu ter vivido tanto tempo sem ter prestado atenção aos They Might Be Giants?

a feira do livro, 2

Se os livros continuarem com descontos ridículos, nem sequer olho para os stands.

o anúncio a automóveis, 3

Para o Pomada Indiana: Fiat Este Homem É Um Punto.

o anúncio a automóveis, 2

Para o boémio: Fiat Pândega.

o anúncio a automóveis

Para o intelectual: Fiat Unamuno.

a feira do livro

Se o problema é os stands, na Feira da Ladra os livros estão em toalhinhas estendidas no chão. A ser preciso, só se pede depois à Câmara para as lavar. Pode ser?

o pensamento do dia

Tirando a pronúncia, pouco separa uma socialite de uma celulite.

E este vídeo é a prova.

o facto

Já não me lembrava disto. Brilhante diálogo saído daqui.
Henry Rollins (playing a radio show host): What's your latest obsession?

Hank (being interviewed): Just the fact that people seem to be getting dumber and dumber. You know, I mean we have all this amazing technology and yet computers have turned us basically into four-fingered wank machines. The Internet was supposed to set us free, democratize us, but all it's really given us is Howard Dean's aborted candidacy and 24-hour-a-day access to kiddie porn. People...they don't write anymore - they blog. Instead of talking, they text, no punctuation, no grammar: LOL this and LMFAO that. You know, it just seems to me like a bunch of stupid people pseudo-communicating with a bunch of other stupid people in a proto-language that resembles more what cavemen used to speak than the King's English.

Henry Rollins: Yet you're part of the problem, I mean you're out there blogging with the best of them.

Hank: Hence my self-loathing.

os portugal. the man

Daqui:
They wanted the band to have a bigger than life feel but didn't want to name it after one of their members. "A country is a group of people," guitar player and vocalist John Gourley explains. "With Portugal, it just ended up being the first country that came to mind. The band's name is Portugal. The period is stating that and The Man states that it's just one person." The name has more personal meaning as well. Portugal. The Man was also going to be the name of a book that Gourley had planned to write about his father and his many adventures.
Mais músicas aqui.

The Rise and Fall of Deolinda

Há três coisas bem significativas que os Deolinda conseguem no disco Canção ao Lado - e significativas precisamente porque, do que sei, ainda ninguém ou muito pouca gente se tinha lembrado delas. Primeiro, utilizam o fado sem ligar pevides à tradição (e eu gostaria que ainda ligassem menos, mas é seguro dizer-se que os melhores momentos do disco são aqueles em que o fado é fundo que se vai transformando noutra coisa) e assim conseguem fazer das melhores fusões daquele com tudo o resto que já se ouviu. Segundo, é a primeira vez que o fado é comédia, no melhor sentido, o que significa que todo o Portugal é um certo tipo de comédia pela primeira vez também. Terceiro, Deolinda não é só uma banda: Deolinda é uma personagem, com história própria. Ou seja, Canção ao Lado é um disco conceptual com música popular portuguesa, mas mais próximo de Ziggy Stardust do que de Fausto Bordalo Dias.

Ah, e já me esquecia: Movimento Perpétuo Associativo é a melhor canção sobre Portugal dos últimos (sei lá quantos) anos.

o morto

Há tempos, havia uma revista chamada Cânhamo, que escrevia do lado da despenalização. Num dos números, havia um artigo sobre Albert Hofmann e o que me impressionou mais foi o facto de ele, apesar de já contar então 100 anitos, não ter recusado nada durante a refeição que acompanhou a entrevista: vinho, café, conhaque e algumas passas num charro (a marijuana, do que me lembro, era cultivada por ele próprio). Ontem, com 102 anos, o homem que inventou o LSD morreu.

A propósito, num post alusivo ao assunto (temo dizer que não me lembro do blog em questão), estava a cena do mar de buracos do Yellow Submarine. Eu era absolutamente viciado nesse filme quando tinha uns 8 anitos. Sempre achei que isso explicava alguma coisa sobre mim.
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