Kill Bill Vol. 2
Parece-me claro que a influência da Manga perde força neste Kill Bill Vol. 2 para ser suplantada pelo film-noir dos anos 40 (as cenas a preto e branco, principalmente a inicial, e o estilo gráfico dos créditos finais), os filmes de artes marciais (o capítulo dos ensinamentos de Pai Mei, com os close-ups abruptos - aliás, talvez os close-ups sejam um definidor das influências tarantinescas: veja-se a entrevista que ele dá para o making-of que vem no dvd de "Era Uma Vez na América", de Sergio Leone) e, é claro, os comics (o discurso de Bill sobre o Super-Homem é esclarecedor q.b.).
Penso que o Vol. 1 sobrevivia melhor enquanto obra isolada do que esta segunda parte, mas duas ideias se impõem a esta observação: o tom ensaístico sobre a violência da primeira parte a isso dá azo (as ideias de imagem do segundo filme são porventura mais ricas - uma reflexão constante sobre a luz e a sombra, ou seja, sobre a própria matéria-prima fundamental do cinema); o segundo filme diz muito mais claramente (se assistirmos até ao fim - mesmo até ao fim) que é subordinado ao primeiro, como se nos repetisse constantemente "não se esqueçam que isto tudo é um só filme".
O resto fica para o Série B.
Penso que o Vol. 1 sobrevivia melhor enquanto obra isolada do que esta segunda parte, mas duas ideias se impõem a esta observação: o tom ensaístico sobre a violência da primeira parte a isso dá azo (as ideias de imagem do segundo filme são porventura mais ricas - uma reflexão constante sobre a luz e a sombra, ou seja, sobre a própria matéria-prima fundamental do cinema); o segundo filme diz muito mais claramente (se assistirmos até ao fim - mesmo até ao fim) que é subordinado ao primeiro, como se nos repetisse constantemente "não se esqueçam que isto tudo é um só filme".
O resto fica para o Série B.
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