Este blog está encerrado.

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o discurso

Li o discurso de aceitação de candidatura do Barack Obama e admito que fez lágrimas jorrarem do meu coração duro de pessoa a quem pedem sempre que parta as pernas das santolas para que não escapem da cozedura. E o brilhantismo de Obama (e de quem lhe escreve os discursos, que, curiosamente, é homónimo do realizador de Iron Man) ressalta bem neste parágrafo:
Somos um país melhor do que aquele em que um homem no Indiana tem de empacotar o equipamento em que trabalhou 20 anos, vê-lo ser enviado para a China e depois se engasga de comoção a explicar como se sentiu um falhanço quando foi para casa contar à família.
Reparem que ele podia ter dito simpelsmente algo como "Nem mais um trabalhado despedido por deslocalização das fábricas!", mas a tónica é outra. Obama acentua o pessoal - o subtexto não é "ninguém merece a pobreza", mas sim "ninguém merece este sentimento de infelicidade".

Eu, que só proporia Prozac grátis ao trabalhador, admito que Obama perceba mais disto.

a voz e guitarra

I'm a short, ugly, one-eyed, black Jew. What do you think it's like for me?
Sammy Davis Jr.
E tudo isto só para dizer que este é um belo álbum. Que desperdício de boas palavras...

o post que demonstra porque é que a californication era uma série com os pés bem assentes na terra

o multibanco

Ladrões sem problemas de roubar a caixa Multibanco de um tribunal são como o Pacheco Pereira: dizem muito sobre o estado do país.

o poema

Estou com um caso grave de gostar.
A Jesca Hoop e os Fleet Foxes.
Oiço os álbuns sem parar.
E agora?

o dilema

A pergunta que me tem atormentado os dois últimos dias: o Robert McKee vale 450 euros?

o índex

Reparei que este blog surge indexado como de Actualidade e Média. É falso: só fala do que passou e é claramente acima da média.

o post de esquerda

Para discutir a compra de uma prenda, troco com amigos o maior número de e-mails de sempre. O capital, minha gente, é ruído.

O inquérito que se impõe é: deveria o correio electrónico vir com música electrónica?

o duro pinho

a lágrima

Quando ganhou a medalha de ouro, Nelçon Évora chorou.

Será que também vai abandonar a vela?

o acento

Muito bem, French guard: é indigno de um vencedor olímpico que lhe escrevam mal o nome, inventando-lhe um acento que não tem. De resto, juntamo-nos ao coro de portugueses e também nós dizemos: parabéns, Nelçon.

a impressão

Aquela que o Cavaco teve de os aviões não lhe poderem sobrevoar a casa durante as férias por razões de segurança também foi boa. A Maria tinha saído em fato de banho na Lux ou revista parecida uns dias antes. Tudo bem, as pessoas viram e não houve vítimas registadas, mas talvez alguém lhe pudesse ter dito que as fotos não foram tiradas de um avião. Ela julga que é quem? A Jacqueline Onassis?

Mais alguém pensou no bom que teria sido um carro com aparelhagem quitada estacionado ao lado da presidencial residência de férias com um CD cheiinho de ruídos de avião para presidencial deleite? Ah, se eu ainda tivesse vinte anos...

o choque

Conheci em Avanca uma amiga de um casal que fora atingido por um relâmpago. Ao que parece, "dor" não é a ideia central. "Confusão" é mais forte: perceber que algo de tremendamente errado está a acontecer ao corpo e não o compreender. Um pouco como a puberdade, mas com volts.

a lágrima

Em conversa telefónica em ambiente profissional, disseram-me que "as pessoas responsáveis estão de férias". Quase disse, chorando: "e eu e tu, amigo? Seremos rebeldes?"

as impressões

Gonçalo Gustavo Lima decidiu abandonar a Vela porque 95% dos comentários de portugueses que viu na Internet eram a dizer que os atletas portugueses só sabem ir passear e gastar o dinheiro dos impostos. É uma vergonha que isto aconteça e aproveito este espaço para lembrar os bons velhos tempos em que nenhum atleta sabia ler.

as impressões

Há poucos dias vi pela primeira vez "O Bom, o Mau e o Vilão". Talvez esta versão reeditada seja um pouco longa demais, mas, porra, a partir do momento da batalha da Guerra Civil até ao duelo final, que elefante de filme. Só tive problemas com uma coisa: o título. Em inglês, é "The Good, The Bad and The Ugly", sendo que good é o Eastwood, bad é o Lee Van Cleef e ugly é o Eli Wallach. E aqui surgem os meus problemas:

1 - Wallach, só porque é ugly na América, já é mau em Portugal?

2 - Será assim tão inteligente chamar feio a um pistoleiro que, ainda por cima, é mau?

3 - Se respondeu "sim" à pergunta anterior: que tom dar a "feio"? Um tom másculo, como "ah, pá, és feio, és! Vem ser másculo aqui comigo, que os homens não se querem bonitos!"? Ou um tom de censura maternal, ao estilo "Pistoleiro feio! Então gasta-se um tambor inteiro numa só pessoa? Pede desculpa!".

4 - Como curiosidade final: sabe que, no título italiano original, "ugly" está como "feio" se diz em italiano, ou seja, "brutto"? Quantas hipóteses acha que houve de o tipo que fez a distribuição do filme em Portugal ter olhado para isso e pensado "bem, um tipo que é bruto também é mau!"? Quer apostar?

as impressões

Nunca vi uma temporada de série que acabasse tão mal para os seus protagonistas como a primeira de Big Love. Mas também nunca vi vilão tão bom como o Roman Grant de Harry Dean Stanton, tão bom que quando aparece nem parece o vilão que devia ser. 82 anos de ser grande actor, quem diria? É estranho ao início perceber um elenco com cheiro lynchiano (o Stanton, a Zabriskie, o Bruce Dern que é pai da Laura), mas depois percebe-se que a história é, afinal, toda sobre a Verdade e o Segredo (Secrets and Lies revisited? O que dizes, Mike Leigh?) e acaba por bater certo. Vejam isto, amigas e amigos, que vale bem a pena.

as impressões

Foi-me pedido que fosse ao supermercado comprar medalhões de pescada. Fui, mas lento: as pernas não corriam, os olhos não viam, os braços não puxavam. Ainda assim, fiz um esforço - mas, quando cheguei ao supermercado, já não havia medalhões de pescada.

Não trouxe os medalhões para casa, mas superei a minha marca pessoal. Moral da história: passei fome, mas com orgulho.

a pausa

Este blog está de férias (porque o blogger também está).
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