Hoje e "As Armas e o Povo" I
O Bruno lembra-me que ontem a loucura do mundo me fez sorrir de ironia quando, entretido a ver um documentário sobre o 1º de Maio de 1974 (no quarto disco da colecção 25 de Abril do Público), ouvi uma mulher a dizer "Pois, o aborto, agora, vai ter de se legalizar". Isto foi há trinta anos.
O barco da organização Women on Waves traz ao de cima, não só a aversão profunda dos sectores mais conservadores da sociedade portuguesa - que, neste momento ou desde sempre, estão muito próximos dos lugares de poder - em relação à despenalização da interrupção voluntária da gravidez, mas também um medo ao estrangeiro mais liberal que, feito demónio, vem para destruir a pacata ordem pública. Estamos assim perante uma pequenez dupla e que, não sendo nossa enquanto indivíduos, ainda é nossa enquanto país.
O barco da organização Women on Waves traz ao de cima, não só a aversão profunda dos sectores mais conservadores da sociedade portuguesa - que, neste momento ou desde sempre, estão muito próximos dos lugares de poder - em relação à despenalização da interrupção voluntária da gravidez, mas também um medo ao estrangeiro mais liberal que, feito demónio, vem para destruir a pacata ordem pública. Estamos assim perante uma pequenez dupla e que, não sendo nossa enquanto indivíduos, ainda é nossa enquanto país.
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