fahrenheit 9/11
Michael Moore é um homem alto e gordo. A sua condição no mundo parece impor-lhe o desconforto, ou melhor, uma constante consciência física de si. Talvez venha daí a sua tendência reinvindicativa (ou o inverso), talvez seja pelo modo explícito como essa desadequação do mundo se transpôs para o seu corpo que o homem inspira simpatia. Fahrenheit 9/11 não é de propaganda, porque propagandear é divulgar, defender, e este filme não acrescenta ao passado, apenas o revela. É com certeza um filme de intervenção e, se esta notícia se confirmar, será exibido na televisão americana antes das eleições. Desta maneira, a campanha politica abre-se à opinião civil não partidária através de uma visão fortíssima sobre as iniquidades na administração Bush. Discutível, será sempre; parcial, não diria - prefiro subjectivo. Inútil ou dispensável? Nunca. O que Fahrenheit 9/11 diz precisava de ser dito.
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