as séries de quando era miúdo
Hoje estava a ver o Talladega Nights e a dada altura ouvi um nome que já não ouvia há muito tempo - há tanto tempo, aliás, que já nem me lembrava que o sabia: Manimal. Alguém se lembra também? A memória é muito longínqua, por isso, não sei se passava na RTP ou na TVE, que, até aos dez anos, foi a minha principal fonte de entretenimento. Manimal era uma série de 1983 sobre, como o próprio nome indica, um homem que se podia transformar em animal, em qualquer animal. Para a época e para mim, era espectacular. O sobrenatural da série dava-me muito aquela sensação infantil de "se calhar, não devia estar a ver isto". Metia mesmo um pouco de medo e, acreditem ou não, recordo-me de a minha mãe estar então um pouco preocupada com coisas como esta transformação em pantera negra me poderem impressionar.
O Eusébio não faria melhor. Isto abriu-me o apetite para procurar mais coisas desse tempo. Esta já deve ser mais conhecida: o Automan, um tipo com um fato apertadinho que emitia luz e que fora inventado - sim, o tipo, não o fato - pelo seu parceiro de aventuras (que, por acaso, é o Desi Arnaz Jr, filho da Lucille Ball e do Desi Arnaz). Enfim, nada que hoje não se encontre em certos locais da noite portuguesa, mas que, na época, era um pouco raro. Curiosamente, esta série tinha uma certa afinidade com o Manimal e elas chegaram a filmar uma cena conjunta. No Google Video há muitos episódios completos, aqui fica só o genérico.
Levado no embalo, decidi ir à procura de uma série que já descrevi a algumas pessoas sem que ninguém me conseguisse elucidar quanto ao nome: uma animação sobre um adolescente que se transforma em carro (um Camaro) quanto fica muito quente. Descobri-a, finalmente! Chamava-se Turbo Teen e nela passava-se isto.
O mais porreiro era que os amigos do Camaro saltavam para dentro dele para caçar mauzões (ele falava com eles através do auto-rádio), o que seria uma óptima solução para quando às vezes se sai de certos locais da noite portuguesa e não se sabe onde se deixou o carro. Curioso é o facto de nenhuma destas séries ter passado duma temporada (Manimal, então, teve só oito episódios), o que me leva a deduzir que a televisão as comprava na época porque tinha pouco dinheiro e elas eram baratas... Para concluir, a excepção à regra: o genérico de Dear John, uma série sobre um grupo de auto-ajuda para pessoas divorciadas. A personagem principal era, lá está, o John - Judd Hirsch, conhecido pela série Táxi e pela personagem de psicólogo no filme Vidas Simples (e, mais tarde, por ser pai de Jeff Goldblum em O Dia da Independência). Lembro-me perfeitamente de, na época, estar a começar a aprender inglês e de ficar contentíssimo por descobrir, a dada altura, que a letra da música do genérico - nunca a consegui tirar da cabeça e cantarolo-a de vez em quando - era a carta que a mulher de John lhe deixara. Também me lembro de nunca ter gostado da personagem Kirk e, por isso, ter ganho antipatia ao nome. E, por último, lembro-me de o Mário Crespo ter dito, num programa infantil em que miúdos faziam entrevistas a adultos, que esta era a sua série preferida, o que também me deixou contente, pois não sabia que seria possível o Mário Crespo gostar das coisas de que eu gostava.
O Eusébio não faria melhor. Isto abriu-me o apetite para procurar mais coisas desse tempo. Esta já deve ser mais conhecida: o Automan, um tipo com um fato apertadinho que emitia luz e que fora inventado - sim, o tipo, não o fato - pelo seu parceiro de aventuras (que, por acaso, é o Desi Arnaz Jr, filho da Lucille Ball e do Desi Arnaz). Enfim, nada que hoje não se encontre em certos locais da noite portuguesa, mas que, na época, era um pouco raro. Curiosamente, esta série tinha uma certa afinidade com o Manimal e elas chegaram a filmar uma cena conjunta. No Google Video há muitos episódios completos, aqui fica só o genérico.
Levado no embalo, decidi ir à procura de uma série que já descrevi a algumas pessoas sem que ninguém me conseguisse elucidar quanto ao nome: uma animação sobre um adolescente que se transforma em carro (um Camaro) quanto fica muito quente. Descobri-a, finalmente! Chamava-se Turbo Teen e nela passava-se isto.
O mais porreiro era que os amigos do Camaro saltavam para dentro dele para caçar mauzões (ele falava com eles através do auto-rádio), o que seria uma óptima solução para quando às vezes se sai de certos locais da noite portuguesa e não se sabe onde se deixou o carro. Curioso é o facto de nenhuma destas séries ter passado duma temporada (Manimal, então, teve só oito episódios), o que me leva a deduzir que a televisão as comprava na época porque tinha pouco dinheiro e elas eram baratas... Para concluir, a excepção à regra: o genérico de Dear John, uma série sobre um grupo de auto-ajuda para pessoas divorciadas. A personagem principal era, lá está, o John - Judd Hirsch, conhecido pela série Táxi e pela personagem de psicólogo no filme Vidas Simples (e, mais tarde, por ser pai de Jeff Goldblum em O Dia da Independência). Lembro-me perfeitamente de, na época, estar a começar a aprender inglês e de ficar contentíssimo por descobrir, a dada altura, que a letra da música do genérico - nunca a consegui tirar da cabeça e cantarolo-a de vez em quando - era a carta que a mulher de John lhe deixara. Também me lembro de nunca ter gostado da personagem Kirk e, por isso, ter ganho antipatia ao nome. E, por último, lembro-me de o Mário Crespo ter dito, num programa infantil em que miúdos faziam entrevistas a adultos, que esta era a sua série preferida, o que também me deixou contente, pois não sabia que seria possível o Mário Crespo gostar das coisas de que eu gostava.
3 Comentários:
Excelente post! Foi muito bom voltar a ver o genérico e ouvir a música do Dear John, eu que tinha uma ideia muito vaga dessa série.
Não sei onde começaste a ver o Manimal, mas sei que chegou a dar na RTP-2.
Como séries clássicas da minha infância/juventude, recordo o saudoso Alf (a única coisa de jeito da já defunta Sic Gold), Quem sai aos seus (série que revelou Michael J. Fox), Chefe, mas pouco (uma sitcom engraçada, com o Tony Danza e a ainda criança Alyssa Milano), e não perdia um episódio de Rua Jump, 21, uma série policial sobre um grupo de jovens agentes, onde figurava o hoje consagrado Johnny Depp.
Também rua jump 21 e as longas noites à espera que a tvi passasse a série.
ADOREI relembrar Manimal. curioso, não sabia que tinham sido apenas 8 episódios! ficou-me tão pregado na memória a transformação para o Negro, o animalesco que me pareceu ter visto pelo menos duas séries. Dear John, também vi e claro Tony Danza! um abraço
Basta ver a Sic Notícias para perceber que o Mário Crespo é um Senhor!
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