The Rise and Fall of Deolinda
Há três coisas bem significativas que os Deolinda conseguem no disco Canção ao Lado - e significativas precisamente porque, do que sei, ainda ninguém ou muito pouca gente se tinha lembrado delas. Primeiro, utilizam o fado sem ligar pevides à tradição (e eu gostaria que ainda ligassem menos, mas é seguro dizer-se que os melhores momentos do disco são aqueles em que o fado é fundo que se vai transformando noutra coisa) e assim conseguem fazer das melhores fusões daquele com tudo o resto que já se ouviu. Segundo, é a primeira vez que o fado é comédia, no melhor sentido, o que significa que todo o Portugal é um certo tipo de comédia pela primeira vez também. Terceiro, Deolinda não é só uma banda: Deolinda é uma personagem, com história própria. Ou seja, Canção ao Lado é um disco conceptual com música popular portuguesa, mas mais próximo de Ziggy Stardust do que de Fausto Bordalo Dias.
Ah, e já me esquecia: Movimento Perpétuo Associativo é a melhor canção sobre Portugal dos últimos (sei lá quantos) anos.
Ah, e já me esquecia: Movimento Perpétuo Associativo é a melhor canção sobre Portugal dos últimos (sei lá quantos) anos.
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