Reflexões imediatas sobre o desenlace do Euro 2004
- Poderia dizer que as lágrimas de Cristiano Ronaldo são as de todo o país, mas não o vou fazer, porque não é verdade.
- Hoje, Portugal não tem um título nem um primeiro-ministro. Além do mais, o casaco de Maria José Ritta era ridículo.
- Portugal e Grécia são (ainda) dos países mais pobres de toda a Europa. Nos tempos dos Doze, acostumámo-nos a ser os penúltimos à frente da Grécia. Hoje, chegámos os dois à final, mas Portugal perdeu. Ou seja, no futebol, a Grécia vingou-se de tudo o resto.
- Portugal organizou um belíssimo campeonato. Isso não vai chegar para a auto-estima. Chegará, quanto muito, para a hetero-estima.
- Antes do jogo, Marcelo Rebelo de Sousa tinha vestida uma camisola da selecção. No fim, já não. Será que a suou?
- Durão Barroso e Ferro Rodrigues opinam sobre a prestação da selecção. Ganharam o estatuto de comentadores desportivos. Primeiro em out-doors, depois na televisão.
- Há pouco, só algumas cornetas solitárias ecoavam pela noite de Coimbra. Agora, as buzinadelas e as vozes soam a metade dos outros dias. Na televisão, entrevistam-se pessoas a festejar. Dizem-se tristes, muito tristes, mas festejam. Em definitivo, nos portugueses há uma estranha separação, ou entre o que sentem e o que fazem, ou entre o que sentem e o que dizem sentir.
- Durante o Euro, o uso que se fez da bandeira retirou dela a carga de símbolo e passou-a para a condição de objecto. Pessoalmente, lembrou-me muito o Dot, aquele boneco que se punha no canto da televisão durante a “Roda dos Milhões”.
- Hoje, Portugal não tem um título nem um primeiro-ministro. Além do mais, o casaco de Maria José Ritta era ridículo.
- Portugal e Grécia são (ainda) dos países mais pobres de toda a Europa. Nos tempos dos Doze, acostumámo-nos a ser os penúltimos à frente da Grécia. Hoje, chegámos os dois à final, mas Portugal perdeu. Ou seja, no futebol, a Grécia vingou-se de tudo o resto.
- Portugal organizou um belíssimo campeonato. Isso não vai chegar para a auto-estima. Chegará, quanto muito, para a hetero-estima.
- Antes do jogo, Marcelo Rebelo de Sousa tinha vestida uma camisola da selecção. No fim, já não. Será que a suou?
- Durão Barroso e Ferro Rodrigues opinam sobre a prestação da selecção. Ganharam o estatuto de comentadores desportivos. Primeiro em out-doors, depois na televisão.
- Há pouco, só algumas cornetas solitárias ecoavam pela noite de Coimbra. Agora, as buzinadelas e as vozes soam a metade dos outros dias. Na televisão, entrevistam-se pessoas a festejar. Dizem-se tristes, muito tristes, mas festejam. Em definitivo, nos portugueses há uma estranha separação, ou entre o que sentem e o que fazem, ou entre o que sentem e o que dizem sentir.
- Durante o Euro, o uso que se fez da bandeira retirou dela a carga de símbolo e passou-a para a condição de objecto. Pessoalmente, lembrou-me muito o Dot, aquele boneco que se punha no canto da televisão durante a “Roda dos Milhões”.
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