ando a pensar nisto
A Esquerda pós-Marx, ou seja, a Esquerda do século XX, condenou-se a si própria logo aquando do seu nascimento, quando o diálogo com aqueles que deveriam operar a sua revolução - a classe operária - começou a ser feito como uma necessidade que tinha de ser cumprida, ainda que à margem da construção teórica, que devia seguir à frente do entendimento dos obreiros. Por isso, a Esquerda falhou quando, ao não conseguir explicar aquilo que realmente era a colectivização dos meios de produção e o socialismo, caiu no facilitismo de integrar na sua luta espíritos que realmente não a compreendiam e que pretendiam apenas a superação da classe superior nos próprios termos da sociedade capitalista, que eram aqueles em que se vivia e aqueles em que era razoável o Homem compreender-se. O pobre digeria o que lhe era dito na esperança de ser um dia mais rico do que rico, e era tudo.
Sintomático: o leninismo foi o braço pragmático do marxismo. Foi preciso vir a figura messiânica de Lenine para que o movimento ganhasse força, pois o messianismo, sim, era algo que todos podiam entender.
Neste início do século XXI, os partidos de Esquerda ou adquirem cada vez mais das irritantes características dos partidos de quadros, sucumbindo assim em qualidades que, antes, ninguém lhes podia negar, ou perpetuam aquela distância em vez de a tentar resolver, num discurso introvertido, aborrecido (muito especialmente nos momentos em que pensa ser o contrário) e indeciso entre pôr ou não pôr o pé para fora do Marx. E a incapacidade de superação deste estigma acompanhará nos próximos tempos, talvez até ao fim deste novo século, todos os que, como eu, se colocarem à esquerda do centro político.
Sintomático: o leninismo foi o braço pragmático do marxismo. Foi preciso vir a figura messiânica de Lenine para que o movimento ganhasse força, pois o messianismo, sim, era algo que todos podiam entender.
Neste início do século XXI, os partidos de Esquerda ou adquirem cada vez mais das irritantes características dos partidos de quadros, sucumbindo assim em qualidades que, antes, ninguém lhes podia negar, ou perpetuam aquela distância em vez de a tentar resolver, num discurso introvertido, aborrecido (muito especialmente nos momentos em que pensa ser o contrário) e indeciso entre pôr ou não pôr o pé para fora do Marx. E a incapacidade de superação deste estigma acompanhará nos próximos tempos, talvez até ao fim deste novo século, todos os que, como eu, se colocarem à esquerda do centro político.
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