ouçam
Não sou dado a sentimentalismos, nem se deve pensar que o que se segue é moda entre colaboradores, ou ex-colaboradores, d' A CABRA. Mas ontem estive numa sala com quatro pessoas (de uma delas não vou falar; não é por má educação, acho que ela vai compreender). Duas delas davam os últimos pormenores em projectos fotográficos a apresentar ao Concurso Jovens Criadores. Elas, e uma outra das presentes, foram o núcleo duro (duríssimo) da equipa de fotografia que eu organizei quando fui editor da mesma secção n'A CABRA. Não tenho modéstia em dizer que fiz um bom trabalho, porque me limitei a tentar transmitir as minhas noções de bom a quem queria aprender cada vez mais e melhor sobre aquilo - o pouco - que lhes podia ensinar.
Ontem, quando nos vi a todos lá e pensei que uma delas já fez várias, e óptimas, primeiras páginas para um dos maiores diários portugueses, que outra está cada vez mais perto de se tornar uma fotógrafa profissional a tempo inteiro e que outra acabou de começar no Brasil o que, espero, seja uma belíssima carreira como fotojornalista, percebi que chagar-lhes o juízo, pedir-lhes coisas irrealizáveis com os meios de que dispunham, mostrar-lhes coisas novas de que elas pudessem gostar, levá-las aos sites de fotografia que considerava melhores, aconselhar-lhes leituras, emprestar-lhes os meus livros - reparei que tudo isso acabou por ser das coisas mais belas e completas que eu alguma vez fiz. E tudo no espaço de uma pequena sala na Associação Académica de Coimbra, um espaço nulo, insignificante, com magias percebidas por quem lá esteve e que não adianta tentar explicar. O que me comove naquelas três pessoas é o orgulho que elas me permitem sentir, o meu primeiro orgulho, o contentamento de, à minha maneira pequenina e bruta, ter contribuído para que elas chegassem onde estão hoje e sentir-me presente no futuro radioso que sei que as espera. Desculpem-me, F., J. e M., por não ter coragem para vos dizer isto na cara. Sou um tipo desbocado, mas tímido, no fim de contas. Desejo-vos, sinceramente, tudo de bom.
Ontem, quando nos vi a todos lá e pensei que uma delas já fez várias, e óptimas, primeiras páginas para um dos maiores diários portugueses, que outra está cada vez mais perto de se tornar uma fotógrafa profissional a tempo inteiro e que outra acabou de começar no Brasil o que, espero, seja uma belíssima carreira como fotojornalista, percebi que chagar-lhes o juízo, pedir-lhes coisas irrealizáveis com os meios de que dispunham, mostrar-lhes coisas novas de que elas pudessem gostar, levá-las aos sites de fotografia que considerava melhores, aconselhar-lhes leituras, emprestar-lhes os meus livros - reparei que tudo isso acabou por ser das coisas mais belas e completas que eu alguma vez fiz. E tudo no espaço de uma pequena sala na Associação Académica de Coimbra, um espaço nulo, insignificante, com magias percebidas por quem lá esteve e que não adianta tentar explicar. O que me comove naquelas três pessoas é o orgulho que elas me permitem sentir, o meu primeiro orgulho, o contentamento de, à minha maneira pequenina e bruta, ter contribuído para que elas chegassem onde estão hoje e sentir-me presente no futuro radioso que sei que as espera. Desculpem-me, F., J. e M., por não ter coragem para vos dizer isto na cara. Sou um tipo desbocado, mas tímido, no fim de contas. Desejo-vos, sinceramente, tudo de bom.
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