portugal
Eu leio os jornais, vejo uma prisão preventiva ser revogada a uma candidata que há tempos tinha fugido, supostamente ela sabia como tudo se ia passar, podia ter dado para o torto, ficou na PJ mais tempo do que devia, chegou-lhe a cheirar a traidores e prisão, mas a filha conseguiu que ela de lá saísse à custa de telefonemas para o tribunal.
Eu vejo televisão, vejo gente que vai governar outra funcionar puxada a uma corda chamada interesse, vejo candidatos atropelarem-se com as línguas.
As pessoas que não têm dinheiro agem como se o tivessem e as pessoas que o têm exibem-no até à náusea, até não o terem.
Quero fazer coisas, coisas boas, coisas úteis, não me deixam.
Vejo cada vez mais divulgada, cada vez merdamente mais divulgada, a ideia de "estágio não remunerado", ou uma neo-escravatura disfarçada sob a capa da ligação da honra ao trabalho, invertida e torta.
E de resto, o que fica?
Fica uma espécie de conta-atrás baixinho, uma paciência que se vai esgotando, um sentido de cidadania que já nasceu cansado, uma luta silenciosa contra a ideia, cada vez mais sedutora, de resignar à apatia, que quer atacar, quer atacar, quer atacar toda a gente.
Eu vejo televisão, vejo gente que vai governar outra funcionar puxada a uma corda chamada interesse, vejo candidatos atropelarem-se com as línguas.
As pessoas que não têm dinheiro agem como se o tivessem e as pessoas que o têm exibem-no até à náusea, até não o terem.
Quero fazer coisas, coisas boas, coisas úteis, não me deixam.
Vejo cada vez mais divulgada, cada vez merdamente mais divulgada, a ideia de "estágio não remunerado", ou uma neo-escravatura disfarçada sob a capa da ligação da honra ao trabalho, invertida e torta.
E de resto, o que fica?
Fica uma espécie de conta-atrás baixinho, uma paciência que se vai esgotando, um sentido de cidadania que já nasceu cansado, uma luta silenciosa contra a ideia, cada vez mais sedutora, de resignar à apatia, que quer atacar, quer atacar, quer atacar toda a gente.
4 Comentários:
Quero crer firmemente que havemos sempre de resistir à apatia durante o caminho, se não nos esquecermos da razão pela qual começámos a caminhar!
Tenho vindo a pensar nestas questões. Comecei a ter consciência dos efeitos da globalização. Estes 'gajos' andam a empurrar-nos para um sistema em tudo idêntico ao americano, onde reina o "salve-se quem puder", quanto mais bronco e mais endinheirado melhor, onde tudo se compra...
É urgente que se comecem a formar movimentos cívicos que possam fazer frente a isto, já que os partidos de governo estão metidos no sistema até à ponta dos cabelos.
A situação é deveras preocupante.
Um abraço Jorge, e mais uma vez lhe digo que não desista. Há pessoas a sentirem o mesmo, e são mais do que pode parecer.
O comentário anterior é meu. Por lapso apareceu o nick. As minhas desculpas.
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