alice
Sim, os actores vão muito bem (durante o flashback, há aquele choro desesperado da Batarda, que até aí tinha estado discreta, e uma pessoa até sorri a ver que o próprio Nuno Lopes parece algo espantado e se deixa levar por ela), mas o que ainda ninguém disse - se disse, eu não li - é que o filme é uma reflexão profunda sobre a imagem e a sua função, arrisco, social. Pergunto-me se este grau de reflexão poderia ter espontado num tempo em que a maleabilidade da imagem - "revelar" e editar as próprias fotografias e vídeos, ver filmes em computadores ou consolas portáteis, trocá-los em cd's - ainda não era tão grande (há quantos anos é que isto parecia ainda inacessível ao consumidor normal, oito, nove?)
1 Comentários:
Em grande está, sobretudo, o Gonçalo Waddington. Aquela despreocupação nihilista é que bate forte no meio daquela panóplia depressiva. O filme, apesar do argumento minimalista, é muito bom, especialmente quando comparado com as "obras" a que os realizadores portugueses nos foram habituando. Abraço e bom f-d-s.
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