a segurança social
O Francisco José Viegas diz que a penalização dos celibatários que o Governo planeia com as novas regras da segurança social "não é apenas uma questão de baixa natalidade, fiscalidade ou de segurança social. É uma discriminação negativa para quem opta por viver como quer viver". É bem dito. Mas, para quem, como eu, começou recentemente a vida contributiva (estranha opção de palavras), a questão premente que se coloca é outra. Enquanto estudava no Secundário, puseram-me reformas atrás de reformas que serviram só para complicar a vida, a mim, aos meus colegas e a quem veio a seguir, e que de nenhum modo ajudaram a uma melhor aprendizagem, antes criaram a confusão de não se saber no início de um ano lectivo como seríamos avaliados no seu fim. Fiz a universidade porque, de certo modo, me foi dito que assim mais facilmente entraria no mundo de trabalho, mas, enquanto advogado, conheci pessoas com trabalhos não qualificados a ganhar dez vezes aquilo que eu ganhava. Agora, que me inscrevi como "Outro Artista" nas Finanças para passar uns recibos de trabalhos criativos, vejo-me obrigado a inscrever-me na Segurança Social. E eu pergunto: com o exemplo que o Estado me tem dado no seu modo de se relacionar comigo, o que me garante sem sombra de dúvida que as minhas contribuições garantirão uma assistência médica capaz e uma pensão de reforma satisfatória? Para quê e o que estarei eu a pagar?
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