os limites
A este post do Tiago Barbosa Ribeiro
SANGUE E TOUROS. A 14 de Agosto de 1936, as forças franquistas tomaram Badajoz. Nos dias seguintes, os republicanos que lá se encontravam foram executados em massa na Praça de Touros da cidade. Uma das mais bárbaras guerras civis do século XX começava verdadeiramente ali. Na arena.fiz o seguinte comentário
Mas mataram-nos a pé ou a cavalo?o que, pelo que vejo, mereceu já que uma leitora considerasse o comentário infeliz. Gostava de conhecer mais opiniões: é legítimo ou não fazer humor com um acontecimento trágico que aconteceu há 70 anos? E deixem-me rematar com uma piada do Andy Borowitz:
Speaking before an audience of thousands at the Nuremberg Rally of 1936, Hitler departed from his prepared text to share one of his favorite jokes. “A patient complaining of a sore throat goes to see a doctor,” Hitler began. “After examining him, the doctor says, ‘Your tonsils have to come out.’ The patient says, ‘I want a second opinion.’ So the doctor says, ‘O.K.—you’re also of an inferior race.’ ”Para ajudar a pensar: estava consciente de que o tom do comentário não era o mesmo do blog do Tiago, mas achei que o comentário se impunha e, por isso mesmo, dirigi-me directamente ao autor no final; Borowitz é judeu; qual foi a sua posição durante a crise das caricaturas de Maomé?
6 Comentários:
És um insensível, ó Nande! e eu, que me estou a rir aqui sozinho, também devo ser...
Para mim, é legítimo fazer humor com um acontecimento trágico que tenha acontecido ontem, quanto mais há 70 anos.
É legítimo, pois claro.
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TBR
Se o mundo fosse asséptico não havia ódios, paixões, sentimentos, crimes nem punições. Além de vivermos com tudo isso, a realidade ultrapassa facilmente a ficção e o humor de uns pode ferir a dignidade de outros. Entre a liberdade de expressão e o respeito por terceiros haverá uma medida de bom senso. A experiência da vida ajuda a compreender melhor o mundo. Um camarada meu, já jubilado, dizia que fazer uma reportagem no Ruanda ajudaria muita gente a compreender a vida
É legítimo fazer humor ponto.
É tão legítimo o humor, quanto a piada, tal como a consequente indignação.
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