o filme
Há momentos, passou o Batman Regressa na Rtp1 (por acaso, estava a passar ao mesmo tempo no Hollywood - viva a programação atenta). Algo curioso: a cena em que o Homem-Morcego e o Pinguim estão a discutir. Batman já sabe que o Pinguim não é o santo que diz ser, o Pinguim já sabe que o Batman sabe. A Catwoman surge do nada, eles olham-na, ela aproxima-se, mia e, de repente, a loja por trás dela explode.
Pense-se nisto: os dois homens interrompem a prática da sua inimizade para se depararem com uma mulher que tanto lhes mia como lhes arrebenta lojas na cara. Ou seja, Batman e o Pinguim compreendem-se enquanto opostos um ao outro, mas não se compreendem relativamente à Catwoman. A partir destes dez segundos de cena, podia-se fazer um tratado sobre geografias emocionais, sobre tudo aquilo que separa os homens das mulheres e porque é que os dois sexos não foram feitos para se entenderem - mas já é muito tarde...
Pense-se nisto: os dois homens interrompem a prática da sua inimizade para se depararem com uma mulher que tanto lhes mia como lhes arrebenta lojas na cara. Ou seja, Batman e o Pinguim compreendem-se enquanto opostos um ao outro, mas não se compreendem relativamente à Catwoman. A partir destes dez segundos de cena, podia-se fazer um tratado sobre geografias emocionais, sobre tudo aquilo que separa os homens das mulheres e porque é que os dois sexos não foram feitos para se entenderem - mas já é muito tarde...
1 Comentários:
e é pena que não o faças, de facto. porque se há filme sobre as geografias emocionais, para não falar dos limites da identidade é este. e claro, falta a sinistra e mefistofélica figura de de C. Walken. Vê-lo agora, depois de anos a alimentar a ideia de que tinha sido um dos filmes que mais marcara a minha descrença na "boa alma" dos heróis, sinto que Batman Regressa é, efectivamente, um tratado sobre a alma humana. Se é que ainda há algo de humano naquela alma. Ou alma naqueles humanos.
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