a letra, 2
O prazer que a máquina de escrever trazia era o de aliar ao desbravamento do intelecto um lado de conquista dos elementos. Ao matraquear um mecanismo que lhe opunha resistência, o escritor não se evadia do mundo - pertencia-lhe de outro modo. O computador, na execução, existe para além do resto, para além do mundo, para além dos elementos, para além do escritor. A máquina, era preciso domá-la, como um animal; o computador, não sei o que é, é algo outro cheio de astúcia e malícia - talvez um demónio.
2 Comentários:
e mal de ti se não viveres no seu inferno...
Naked Lunch
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