o cantor
É fodido, mas só aos 27 anos é que começo realmente a querer ouvir Jeff Buckley. Há dez anos, soava-me demasiado, não sei, meloso não é a palavra certa, mas é por aí. O rock, para mim, naquele momento, não passava por aquilo. Mais tarde, depois de ter experimentado, por qualquer razão, vinha-me demasiado colado a Tindersticks e outras coisas que detesto, por isso, ainda não foi dessa vez. Também não ajudou que Leonard Cohen, mencionado ou não no Unplugged dos Nirvana, nunca me tivesse convencido, principalmente porque uso de sintetizadores nos anos 80 foi sempre coisa para me fazer torcer o nariz. Talvez a janela de oportunidade só tenha começado a abrir-se depois de me ter afeiçoado a Nick Drake - principalmente e quase em exclusivo o Pink Moon, que, por motivos que não quero nunca descobrir, é dos meus discos preferidos para pôr a tocar enquanto arrumo a casa - e talvez só tenha ficado realmente aberta depois de ter vivido um bocado para poder curar, bem, dores de alma e melancolias pelo vivido. Verdade é que um dia pus isto a tocar e soube-me bem, levando a que agora o Grace ande a rodar muito aqui em casa - ainda não tenho paciência para estas merdas das velas e não sei que mais, mas pronto...
2 Comentários:
Não te fiques pelo Grace (que eu comprei no Continente há uns 9 anos por 600$00). Há mais coisas para descobrir antes e depois.
Sim, bem mais coisas. O album ao vivo no Sin-e é excelente.
Fui como tu Nande, tive imenso tempo sem achar piada a JB, mas há uns quatro anos comecei a gostar bastante. Do 8 ao 80, quase. Há coisas do camandro.
Enviar um comentário
<< Home