bro(3)
a mesa de plástico e o círculo
bro da mesa do
medalhão ao pescoço e bro do teu
chapéu
bro por vezes faz falta ser silencioso nas casas
vestais te agradecem as lamas vindas de baixo bro
do andar de baixo
as noites tão quentes bro as noites tão quentes
o teu barrete
moído sob
o estaline das
noites tão
o carro parado luzes ligadas
lago de estige o velho que se mije
mas não bro tua mulher
lá dentro bro é tofu bro é
não sabe a nada e é misterioso
bro tu queres bro precisas
fufa e meia precisão de coiso vivo
tu queres o irmão meu no hospital o
bruto bro o novelo que tu bro arrebanhas
bro falo do povo que não existe
falo da erva que desiste
de crescer
como tu bro como tu
dizes que queres o rádio ligado
e falas da merda de não dormires
e os dragões de tu bro a fazerem te as noites origami
bro tu olhas
os homens e as
memórias
bro brancas e dizes no lado
do passeio onde moras com os teus
pecados
não quero ter memória
andar o presente bro
definido sobre ti como a
capa de água perpétua alimentada
do gotejar da calha dos teus egrégios
e tu bro arrancas do meio do teu corpo
a história da casa de madeira e autoclismas o tempo
(um dois três quatro vezes bro olhas as pessoas a caiarem de sozinhas a parede da casa vizinha casa perderem-se muralha invisível e anti-ineses-negras e da sobre rua bro pressente bro assina bro tremerem-lhe os dentes do cano de rua aberto esgoto logo à frente da tabacaria)
bro eu tenho
cheia cidade uma por dentro do meu corpo
a sério bro e o irmão meu no hospital quer saber
bro se conheces a
intelectual mulher fuga colecção de seios que
no natal se queimou por via duma
colecção de sóis transalpinos
e tu bro e o teu chapéu
rodopiam em conhecimento e falam
do partido comunista e dos
charros fumados numa toca de toupeira ou num
acampamento e os casais de homens vestidos de branco que
te perguntam acreditas como
fantasmas ou
anjos ou mulheres e
bro tu remorsos da porta
deixada aberta e dos gritos e falar
de política ao lado do passeio não é para ti
só te faltam palavras para o querer
dizer a vontade e a ausência
na raiz interna da
respiração
bro sabes que em
abril os cravos nascem da
terra morta e tu
és o mais
cruel dos homens
e há nisto a história da
porta e dos
espelhos quando
bro mancavas a
té à máquina e na
mão o sete o bolso o
sexo e o sono o
risco do dia nascente
ultimamente tu dirias
fechar as janelas e
cortar as estrelas perigosas
ultimamente cala
rias os jardins aos bigodes que te fazem
sono
bro és
de tiragem limitada e radiodifusão
tu entras na voltagem
da loja e presumes
seduzir e presumes
suportar mas o tempo
é mais um século vinte
(como um candeeiro permanente a acender-se e a apagar-se permanente a aceitar-se e permanente)
se soubesses juntar as
letras bro pelo menos mata
vate a morte é assunto
sério desde sá
carneiro pelo
menos tu
nunca dela te
riste e
medo dela tu não
ditas o que existe para o
candeeiro que é
permanente e te ilumina os
olhos noites
nuas
bro a máquina e a
pós game over a
mulher e a
pós a
deus o a
ceito ou tal
vez não por
enquanto só as
palavras e as
mãos queimando as
listas antigas dos templos
que já não existem a
não ser em muro.
bro da mesa do
medalhão ao pescoço e bro do teu
chapéu
bro por vezes faz falta ser silencioso nas casas
vestais te agradecem as lamas vindas de baixo bro
do andar de baixo
as noites tão quentes bro as noites tão quentes
o teu barrete
moído sob
o estaline das
noites tão
o carro parado luzes ligadas
lago de estige o velho que se mije
mas não bro tua mulher
lá dentro bro é tofu bro é
não sabe a nada e é misterioso
bro tu queres bro precisas
fufa e meia precisão de coiso vivo
tu queres o irmão meu no hospital o
bruto bro o novelo que tu bro arrebanhas
bro falo do povo que não existe
falo da erva que desiste
de crescer
como tu bro como tu
dizes que queres o rádio ligado
e falas da merda de não dormires
e os dragões de tu bro a fazerem te as noites origami
bro tu olhas
os homens e as
memórias
bro brancas e dizes no lado
do passeio onde moras com os teus
pecados
não quero ter memória
andar o presente bro
definido sobre ti como a
capa de água perpétua alimentada
do gotejar da calha dos teus egrégios
e tu bro arrancas do meio do teu corpo
a história da casa de madeira e autoclismas o tempo
(um dois três quatro vezes bro olhas as pessoas a caiarem de sozinhas a parede da casa vizinha casa perderem-se muralha invisível e anti-ineses-negras e da sobre rua bro pressente bro assina bro tremerem-lhe os dentes do cano de rua aberto esgoto logo à frente da tabacaria)
bro eu tenho
cheia cidade uma por dentro do meu corpo
a sério bro e o irmão meu no hospital quer saber
bro se conheces a
intelectual mulher fuga colecção de seios que
no natal se queimou por via duma
colecção de sóis transalpinos
e tu bro e o teu chapéu
rodopiam em conhecimento e falam
do partido comunista e dos
charros fumados numa toca de toupeira ou num
acampamento e os casais de homens vestidos de branco que
te perguntam acreditas como
fantasmas ou
anjos ou mulheres e
bro tu remorsos da porta
deixada aberta e dos gritos e falar
de política ao lado do passeio não é para ti
só te faltam palavras para o querer
dizer a vontade e a ausência
na raiz interna da
respiração
bro sabes que em
abril os cravos nascem da
terra morta e tu
és o mais
cruel dos homens
e há nisto a história da
porta e dos
espelhos quando
bro mancavas a
té à máquina e na
mão o sete o bolso o
sexo e o sono o
risco do dia nascente
ultimamente tu dirias
fechar as janelas e
cortar as estrelas perigosas
ultimamente cala
rias os jardins aos bigodes que te fazem
sono
bro és
de tiragem limitada e radiodifusão
tu entras na voltagem
da loja e presumes
seduzir e presumes
suportar mas o tempo
é mais um século vinte
(como um candeeiro permanente a acender-se e a apagar-se permanente a aceitar-se e permanente)
se soubesses juntar as
letras bro pelo menos mata
vate a morte é assunto
sério desde sá
carneiro pelo
menos tu
nunca dela te
riste e
medo dela tu não
ditas o que existe para o
candeeiro que é
permanente e te ilumina os
olhos noites
nuas
bro a máquina e a
pós game over a
mulher e a
pós a
deus o a
ceito ou tal
vez não por
enquanto só as
palavras e as
mãos queimando as
listas antigas dos templos
que já não existem a
não ser em muro.
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