Uma expressão que não conhecia, para aquele género de silêncios que se seguem a anedotas sem piada: acabou de passar um cardo no deserto.
Atenção: Marcelo Rebelo de Sousa, hoje, ao despedir-se de Ana Sousa Dias, deixou escapar um "boa sorte para a entrevista ao Paul Auster", o que deve significar que teremos conversa com o homem no Por Outro Lado. Uma vez que ele vai estar em Portugal de 29 de Abril a 1 de Maio, a entrevista só deve ser transmitida para a semana, ou talvez para a próxima. Por uma vez, acho que vou marcar na agenda a hora de um programa de televisão...
a voluntária
No artigo de hoje no Público (o link existiria se o jornal não tivesse passado a cobrar pelo visionamento on-line), Maria Filomena Mónica acerta em cheio no nó do problema: em Portugal, só não se aborta porque a classe médica se recusa ou porque, embora não se recuse, tem medo (ou das represálias de sectores conservadores e/ou da própria classe médica), o que leva a situação ao ridículo de as mulheres portuguesas se verem obrigadas a abortarem em Espanha, cuja lei... é igual à nossa! O artigo 142º, n.º1, al. b) do nosso Código Penal diz:
Este tipo de prática serviria assim para a resolução de uma parte significativa dos casos de interrupção voluntária da gravidez. Não todos, já que o risco de lesão psicológica não existe, por exemplo, na situação em que se aborta por sistema, por rotina e por desleixo na adopção de uma prática contraceptiva adequada. Deveria ser para este tipo de casos - uma espécie de "descuido com dolo" - que deveria vigorar uma liberalização total, sem a necessidade de parecer psiquiátrico prévio. O fundamento dessa liberalização, no entanto, é diferente do dos casos já previstos na lei, pois estes procuram precaver a integridade psíquica da pessoa, enquanto que, nos casos não susceptíveis de ocorrência de uma lesão psíquica, o que se deve procurar impedir é a concepção da maternidade enquanto castigo, do tipo "portaste-te mal, por isso vais ser mãe". A maternidade e a paternidade, no quadro de uma sociedade democrática, não devem poder ser um castigo ou uma sanção. Por um lado, não é aceitável que existam enquanto imposição estatal; por outro, não há nessa imposição qualquer potencial ou garantia de reabilitação. Parece-me, apesar de tudo, que nesses casos se justifica uma diminuição do período possível para a interrupção da gravidez, já que se deve fazer uma ponderação do valor social da maternidade com o incitamento a um nível exigível de responsabilidade pessoal de que não se deve prescindir. Recorde-se que, se se ultrapassar esse prazo, a grávida terá ainda a possibilidade de recorrer à solução legal do parecer prévio (no projecto-lei aprovado pelo PS ontem, o prazo para uma interrupção livre é de 10 semanas; passadas essas 10 semanas, a gravidez poderá ainda ser interrompida em duas semanas se se demonstrar risco de lesão física ou psíquica), bem como às outras excepções previstas na lei.
A grande questão é: se a lei já o permite, porque não existem em Portugal aquelas tais clínicas de que falava atrás, a exercer a sua actividade dentro do quadro previsto? Por obstáculos deontológicos da própria Ordem dos Médicos, que cria assim um medo disciplinador nos seus membros (leia-se este artigo do DN, de Dezembro)? E eu pergunto: se esse medo continuar, de que vale mudar a lei? Bastará um acto legislativo para alterar as sensibilidades e os silêncios temerosos dos médicos? Talvez os médicos da blogosfera saibam responder melhor a isto. Na minha lista, conheço pelo menos dois.
Não é punível a interrupção da gravidez efectuada por médico, ou sob a sua direcção, em estabelecimento de saúde oficial ou oficialmente reconhecido e com o consentimento da mulher grávida, quando, segundo o estado dos conhecimentos e da experiência da medicina, (...) se mostrar indicada para evitar perigo de morte ou de grave e duradoura lesão para o corpo ou para a saúde física ou psíquica da mulher grávida e for realizada nas primeiras 12 semanas de gravidez.Ou seja, o que separa a prática portuguesa da espanhola neste assunto é o entendimento sobre o "estado dos conhecimentos e da experiência da medicina" em que nos encontramos e sobre o que é uma "grave e duradoura lesão (...) para a saúde (...) psíquica da mulher". Um entendimento mais lato destes conceitos seria o suficiente para a formação de clínicas em que um psiquiatra se pronunciaria sobre o risco de uma gravidez causar danos psíquicos significativos a uma mulher, reencaminhando-a depois para a consulta ginecológica.
Este tipo de prática serviria assim para a resolução de uma parte significativa dos casos de interrupção voluntária da gravidez. Não todos, já que o risco de lesão psicológica não existe, por exemplo, na situação em que se aborta por sistema, por rotina e por desleixo na adopção de uma prática contraceptiva adequada. Deveria ser para este tipo de casos - uma espécie de "descuido com dolo" - que deveria vigorar uma liberalização total, sem a necessidade de parecer psiquiátrico prévio. O fundamento dessa liberalização, no entanto, é diferente do dos casos já previstos na lei, pois estes procuram precaver a integridade psíquica da pessoa, enquanto que, nos casos não susceptíveis de ocorrência de uma lesão psíquica, o que se deve procurar impedir é a concepção da maternidade enquanto castigo, do tipo "portaste-te mal, por isso vais ser mãe". A maternidade e a paternidade, no quadro de uma sociedade democrática, não devem poder ser um castigo ou uma sanção. Por um lado, não é aceitável que existam enquanto imposição estatal; por outro, não há nessa imposição qualquer potencial ou garantia de reabilitação. Parece-me, apesar de tudo, que nesses casos se justifica uma diminuição do período possível para a interrupção da gravidez, já que se deve fazer uma ponderação do valor social da maternidade com o incitamento a um nível exigível de responsabilidade pessoal de que não se deve prescindir. Recorde-se que, se se ultrapassar esse prazo, a grávida terá ainda a possibilidade de recorrer à solução legal do parecer prévio (no projecto-lei aprovado pelo PS ontem, o prazo para uma interrupção livre é de 10 semanas; passadas essas 10 semanas, a gravidez poderá ainda ser interrompida em duas semanas se se demonstrar risco de lesão física ou psíquica), bem como às outras excepções previstas na lei.
A grande questão é: se a lei já o permite, porque não existem em Portugal aquelas tais clínicas de que falava atrás, a exercer a sua actividade dentro do quadro previsto? Por obstáculos deontológicos da própria Ordem dos Médicos, que cria assim um medo disciplinador nos seus membros (leia-se este artigo do DN, de Dezembro)? E eu pergunto: se esse medo continuar, de que vale mudar a lei? Bastará um acto legislativo para alterar as sensibilidades e os silêncios temerosos dos médicos? Talvez os médicos da blogosfera saibam responder melhor a isto. Na minha lista, conheço pelo menos dois.
o som da tv em baixo durante o telejornal e eu penso
"Quem é aquele senhor de olheiras vestido de João Paulo II?"
o outro papa
Uma originalidade: a Cristandade já conhecia bem o nome (e a pessoa) do novo Papa antes de este se chamar Bento XVI. Uma pergunta: como se lhe continuará a chamar? Uma dúvida: Ratzinger no Vaticano e Bush na Casa Branca será algo tão sinistro como parece?
A minha mui pessoal coluninha do mil folhas, seguida de resposta com alguns meses
Sim senhor, aceito o desafio que a Cecília me fez. Sigamos, então:
1- Não podendo sair do Fahrenheit 451, que livro quererias ser?
Por aquilo que percebo da pergunta, parece-me que devo responder que livro mencionado na obra de Ray Bradbury é que gostaria de ser. Mas isso implicaria que voltasse a pegar no dito, que não tenho aqui ao pé, e, por outro lado, não tem sido isso o entendido pelos respondentes. Por isso, digo que gostaria de ser o "O Que Diz Molero", do Diniz Machado: breve e fascinante.
2- Já alguma vez ficaste apanhadinho por uma personagem de ficção?
Já, pelo Joseph Grand do "A Peste" do Camus, e fiquei-o mesmo antes de ler o livro, pelo simples modo como o Lars Von Trier fala dele no "Epidemic". Mais recentemente, ficou-me bem marcado na memória o Pat Hobby de F. Scott Fitzgerald.
3- Qual foi o último livro que compraste?
Comprei há dias o "Vocabulário de Cinema", de Marie-Therese Journot, e "Nacos de Tempo", de Peter Bogdanovich, bem como um pequeno opusculozinho da Cinemateca chamado "100 Anos de Cinema em Portugal". Tudo isto foi na feira do livro do festival Caminhos do Cinema Português, que decorreu na semana passada em Coimbra. Por necessidade de estudante de pós-graduação, bem como de jovem autor, comprei há dias o Código do Direito de Autor e dos Direitos Conexos, anotado por Luiz Francisco Rebello. E como, daqui a três dias, começa a Feira do Livro de Coimbra, conto comprar aí legislação fiscal e/ou um guia fiscal qualquer (frustração de trabalhador, perdão, contribuinte novo), talvez "Jornalistas e Tribunais", de Sofia Pinto Coelho, e o romance "O Maior Espectáculo do Mundo", de Hugo Gonçalves, que não consegui encontrar nas livrarias de Coimbra quando saiu... e mais qualquer coisinha, logo se verá.
4- Qual foi o último livro que leste?
"Dor" ("A Grief Observed"), de C.S. Lewis.
5- Que livros estás a ler?
Podia dizer que estou quase para acabar a "Poética" de Aristóteles, mas nem o livro precisa de aspas nem eu sinto que alguma vez possa sinceramente dizer que o acabei...
6- Cinco livros que levarias para uma ilha deserta?
Ora essa. Sem ordem de preferência: "V.", de Thomas Pynchon; a Bíblia; "O Estrangeiro", de Albert Camus; "Os Passos em Volta", de Herberto Hélder; o livro de Eugene Richards da colecção "55", da Phaidon.
A quem vais passar este testemunho (três pessoas) e porquê?
A pergunta mais difícil de responder: quem? Começo pelo Jorge, porque o seu blog foi a última adição aqui à barra lateral. Sigo com o Tiago, porque será a seguinte. E, por fim, será que a Miss Vitriolica aceita?
Quanto à proposta bem indecente que o João André me colocou há alguns meses, só quero dizer que nem me esqueci nem me vou esquecer. Fica à espera de uma respiração mais... normalizada, está bem?
1- Não podendo sair do Fahrenheit 451, que livro quererias ser?
Por aquilo que percebo da pergunta, parece-me que devo responder que livro mencionado na obra de Ray Bradbury é que gostaria de ser. Mas isso implicaria que voltasse a pegar no dito, que não tenho aqui ao pé, e, por outro lado, não tem sido isso o entendido pelos respondentes. Por isso, digo que gostaria de ser o "O Que Diz Molero", do Diniz Machado: breve e fascinante.
2- Já alguma vez ficaste apanhadinho por uma personagem de ficção?
Já, pelo Joseph Grand do "A Peste" do Camus, e fiquei-o mesmo antes de ler o livro, pelo simples modo como o Lars Von Trier fala dele no "Epidemic". Mais recentemente, ficou-me bem marcado na memória o Pat Hobby de F. Scott Fitzgerald.
3- Qual foi o último livro que compraste?
Comprei há dias o "Vocabulário de Cinema", de Marie-Therese Journot, e "Nacos de Tempo", de Peter Bogdanovich, bem como um pequeno opusculozinho da Cinemateca chamado "100 Anos de Cinema em Portugal". Tudo isto foi na feira do livro do festival Caminhos do Cinema Português, que decorreu na semana passada em Coimbra. Por necessidade de estudante de pós-graduação, bem como de jovem autor, comprei há dias o Código do Direito de Autor e dos Direitos Conexos, anotado por Luiz Francisco Rebello. E como, daqui a três dias, começa a Feira do Livro de Coimbra, conto comprar aí legislação fiscal e/ou um guia fiscal qualquer (frustração de trabalhador, perdão, contribuinte novo), talvez "Jornalistas e Tribunais", de Sofia Pinto Coelho, e o romance "O Maior Espectáculo do Mundo", de Hugo Gonçalves, que não consegui encontrar nas livrarias de Coimbra quando saiu... e mais qualquer coisinha, logo se verá.
4- Qual foi o último livro que leste?
"Dor" ("A Grief Observed"), de C.S. Lewis.
5- Que livros estás a ler?
Podia dizer que estou quase para acabar a "Poética" de Aristóteles, mas nem o livro precisa de aspas nem eu sinto que alguma vez possa sinceramente dizer que o acabei...
6- Cinco livros que levarias para uma ilha deserta?
Ora essa. Sem ordem de preferência: "V.", de Thomas Pynchon; a Bíblia; "O Estrangeiro", de Albert Camus; "Os Passos em Volta", de Herberto Hélder; o livro de Eugene Richards da colecção "55", da Phaidon.
A quem vais passar este testemunho (três pessoas) e porquê?
A pergunta mais difícil de responder: quem? Começo pelo Jorge, porque o seu blog foi a última adição aqui à barra lateral. Sigo com o Tiago, porque será a seguinte. E, por fim, será que a Miss Vitriolica aceita?
Quanto à proposta bem indecente que o João André me colocou há alguns meses, só quero dizer que nem me esqueci nem me vou esquecer. Fica à espera de uma respiração mais... normalizada, está bem?
duas razões para que este homem receba o prémio nobel da literatura
Primeira razão:
Segunda razão:
(e mais algumas razões)
You hand in your ticket
And you go watch the geek
Who immediately walks up to you
When he hears you speak
And says, "How does it feel
To be such a freak?"
And you say, "Impossible"
As he hands you a bone
Because something is happening here
But you don't know what it is
Do you, Mister Jones?
Segunda razão:
Cinderella, she seems so easy
"It takes one to know one," she smiles
And puts her hands in her back pockets
Bette Davis style
And in comes Romeo, he's moaning
"You Belong to Me I Believe"
And someone says," You're in the wrong place, my friend
You better leave"
And the only sound that's left
After the ambulances go
Is Cinderella sweeping up
On Desolation Row
(e mais algumas razões)
agradecimento
A Cecília foi novamente a cinéfila boa samaritana que, desta vez, me ajudou a conseguir o "Story". A Cecília é professora e, em tudo o que faz, demonstra-o - não desiste de permitir a partilha de conhecimento quando o pode fazer, o que é raro, e fá-lo com uma generosidade imensa. Muito obrigado, Cecília, e muito obrigado à Joana Cunha Ferreira, que também respondeu ao pedido.
hoje
O tempo aperta-me entre as duas mãos, a ver se parto. O almoço não apetece, o trabalho frusta, tenho a vontade perdida entre o resto a que ainda faltam meses para acabar. Por falar em vontade, hoje, enquanto atravessava uma passadeira, pensei em ser ela o que conduz a evolução das gentes desde um momento qualquer, mas sem que quisesse estar certo.
Depois, vi os homossexuais ao lado do actor despenteado. O actor estava acompanhado por quem uma vez ouvi dizer que queria ser actriz a um outro actor que se tinha de ir embora.
Descobri um mistério bufo que tinha deixado estacionado num sótão há dois anos. Espero, espero; as coisas mudam, eu também, e tudo fica.
Depois, vi os homossexuais ao lado do actor despenteado. O actor estava acompanhado por quem uma vez ouvi dizer que queria ser actriz a um outro actor que se tinha de ir embora.
Descobri um mistério bufo que tinha deixado estacionado num sótão há dois anos. Espero, espero; as coisas mudam, eu também, e tudo fica.
meanings of life
Ontem, uma alemã disse que gostava de filmes rápidos, geração MTV, "cut, cut, cut", "Lola Rennt", etc. Hoje, uma portuguesa disse-me que gostava de ver e que, por isso, não gostou dos planos em zunzum lá para o final do "Noite Escura". Depois, há ouvir versões sobre uma campanha de insultos. E ter desilusões que só me vão fazer mais forte.
Estes difíceis amores
É um dos programas mais equilibrados no panorama televisivo nacional e, simultaneamente, um dos menos falados. É equilibrado no único sentido possível no caso, que é o dos intervenientes (trata-se de um talk-show despojado e simples, sem reportagens no exterior ou no interior ou na superfície ou...).
Júlio Machado Vaz, relaxado, atrevido , divertido, dir-se-ia o Dionísio da casa; Gabriela Moita, a outra especialista presente, é a face equilibrada, a "especialista" em sentido próprio, sólida, explicativa, apolínea como a estátua. No entanto, o que me parece verdadeiramente adequado é a moderadora Leonor Ferreira, que perante os dois peritos, representa o público, as dúvidas normais, a curiosidade do leigo. Leonor Ferreira, que não é especialista nem procura sê-lo, não tem medo de inquirir os outros dois sobre as suas preocupações de mãe de adolescente, nem de admiti-lo. Arrisco: representa os mortais, indagando os deuses sobre o que deve fazer à sua vida e que opções tomar. Mas, no fundo, o que importa são os alguns minutos de conversa semanal que se sabe fazer e construir para além de grandes louvores na imprensa.
Júlio Machado Vaz, relaxado, atrevido , divertido, dir-se-ia o Dionísio da casa; Gabriela Moita, a outra especialista presente, é a face equilibrada, a "especialista" em sentido próprio, sólida, explicativa, apolínea como a estátua. No entanto, o que me parece verdadeiramente adequado é a moderadora Leonor Ferreira, que perante os dois peritos, representa o público, as dúvidas normais, a curiosidade do leigo. Leonor Ferreira, que não é especialista nem procura sê-lo, não tem medo de inquirir os outros dois sobre as suas preocupações de mãe de adolescente, nem de admiti-lo. Arrisco: representa os mortais, indagando os deuses sobre o que deve fazer à sua vida e que opções tomar. Mas, no fundo, o que importa são os alguns minutos de conversa semanal que se sabe fazer e construir para além de grandes louvores na imprensa.
os carros e os sexos
Nos quinze minutos que demoro de casa ao local de trabalho, vi hoje, duas vezes, carros a chocarem. Primeiro, uma mulher calculou mal a distância de outro carro enquanto estacionava; bateu e levou a mão à cabeça, como se pensasse "outra vez não" ou "isto não, por favor". Três minutos à frente, um carro parou numa passadeira, o que vinha por trás foi menos rápido a parar e os pára-choques encontraram-se. Mas o condutor era homem, portanto, saiu do carro, ouviu-se um "caralho, foda-se", e o mundo continuou a rodar.
pa(y)per view 2
A versão on-line da edição impressa do Público está sujeita a pagamento prévio a partir de hoje. O assunto já foi aqui bem discutido e, para além do apelo à calma do Machamba, pouco mais haverá a dizer. Do Público.pt deve esperar-se agora que não se anule: que desenvolva os seus próprios dossiers, que mostre mais trabalho dos seus excelentes fotojornalistas, que invista na reportagem, que inclua weblogs dos colaboradores e jornalistas - em suma, que não se deixe subordinar ao Público-papel como um seu mero suporte digital.
João Paulo II
Ontem à noite, no restaurante, o empregado: Pois, o Papa; era contra o preservativo, mas agora andou ali a chupar nos tubos, e mais do género. Não era especialmente estúpido, nem especialmente insensível, só quis ser o engraçado que não era.
Este Papa foi o único que conheci e tenho-o defendido em discussões. De resto, não sou original. Foi um homem, era amado por muitos e isso tem que importar na discussão. Quanto ao resto, bom, a vida de alguém só é de uma igreja se o alguém deixar.
Este Papa foi o único que conheci e tenho-o defendido em discussões. De resto, não sou original. Foi um homem, era amado por muitos e isso tem que importar na discussão. Quanto ao resto, bom, a vida de alguém só é de uma igreja se o alguém deixar.
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