o referendo
É necessário, como diz o Bruno, que a discussão sobre a interrupção voluntária da gravidez não caia na tónica do ser ou não ser (vida). Ou seja, quem vota não pode sentir que vai responder a "acha o aborto correcto", mas sim - e, ao fim e ao cabo, esta é a pergunta a responder - a "acha correcto mandar para a prisão uma mulher que aborta até às 10 semanas". A Igreja e a matilha conservadora tentarão orientar as consciências para a primeira e poderão, mais uma vez, confundir os cidadãos. Falta a isto um sentido de oportunidade: a Igreja deveria dar primazia ao aconselhamento posterior dos fiéis, não à orientação prévia do seu sentido de voto. Mas, lendo o Luiz, dá-me para pensar: e se a lei mudar sem que a Ordem dos Médicos altere o seu código deontológico? Não deveríamos estar mais atentos a essa discussão?
1 Comentários:
perdõe a impertinência, mas essa certeza de que a mulher manda na sua barriga, é o mesmo que dizer que o homem é reponsável pelo que o seu pirilau faça, "tout court". Uma quetão, e peço-lhe opinião como jurista que é: Terão os homens, pais dos nascituros(raio de palavra esta) direito ao aborto? (por não terem e.g. meios económicos para sustentar uma criança, ou mesmo até paciência...)
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