a mudança de casa de francisca moreira
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Francisca Moreira esteve vários anos na perspectiva de mudar de casa e um dia virou-se para mim e disse-me naquele seu jeito tão próprio de começar as frases como se fossem cartas: "Caro Jorge Vaz Nande, eu estou aqui tentada por uma Miami real estate, uma Phoenix real estate ou mesmo uma Portland real estate", ao que eu digo "Meu Deus, e tu que ainda na semana passada não te calavas com o Calhabé real estate...". Claro que nesse momento Francisca estava sob o efeito de um dos numerosos barbitúricos que ela consome como se fossem Matutanos e eu não consegui evitar a chalaça "Tomas tantos barbitúricos que um dia ainda te crescem barbitanas!". Francisca olhou-me, em silêncio, mas com uma tremideira na ponta do lábio inferior. Nesse preciso momento, Jerónimo descobriu que a porta estava aberta e entrou. Tinha ouvido a minha chalaça no andar de baixo e ria-se descontroladamente, como uma hiena drogada. Eu e Francisca saímos de mansinho e deixamo-lo lá dentro, a dançar um bailinho da Madeira com o Atum e a Sardinha. Nós, hein?
Francisca Moreira esteve vários anos na perspectiva de mudar de casa e um dia virou-se para mim e disse-me naquele seu jeito tão próprio de começar as frases como se fossem cartas: "Caro Jorge Vaz Nande, eu estou aqui tentada por uma Miami real estate, uma Phoenix real estate ou mesmo uma Portland real estate", ao que eu digo "Meu Deus, e tu que ainda na semana passada não te calavas com o Calhabé real estate...". Claro que nesse momento Francisca estava sob o efeito de um dos numerosos barbitúricos que ela consome como se fossem Matutanos e eu não consegui evitar a chalaça "Tomas tantos barbitúricos que um dia ainda te crescem barbitanas!". Francisca olhou-me, em silêncio, mas com uma tremideira na ponta do lábio inferior. Nesse preciso momento, Jerónimo descobriu que a porta estava aberta e entrou. Tinha ouvido a minha chalaça no andar de baixo e ria-se descontroladamente, como uma hiena drogada. Eu e Francisca saímos de mansinho e deixamo-lo lá dentro, a dançar um bailinho da Madeira com o Atum e a Sardinha. Nós, hein?
2 Comentários:
Enfim não sou só eu o atum e a sardinha!!! bem vindo, jerónimo!
Bem que procurei aquelas botinhas de pele castanha com uma risca vermelha, tipicamente madeirenses, mas tive mesmo de dançar de All-Star. Uma vergonha, vos digo! Uma vergonha.
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