o homem grande no momento em que o dia acaba
Numa tarde, eu regressava do escritório e, ainda com os fantasmas pretos e brancos de requerimentos e recursos a ricochetearem-me os cantos cavernosos da memória fresca, passei pelo sítio em que as pessoas do fim de tarde se reuniam antes de irem para casa. Havia então uma voz a fazer as vezes todas de voz. Era a de um homem alto, cabelo queimado da idade, pele espessa e um selo melancólico no escuro dos olhos endurecidos, ouvido na sua conversa por um anão bem mais destruído pelos anos.(excerto de conto meu a sair na próxima edição da revista Via Latina).
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