o candidato cavaco
Na entrevista de ontem à TVI, Constança Cunha e Sá feriu o coração da retórica de campanha de Cavaco Silva: a mansidão, que o candidato arma como um lençol à frente da cara e que treme de cada vez que se põe em causa os seus mandatos como primeiro-ministro, que treme quando lhe foge a língua para a verdade e diz "em lugar de andar com retórica aqui e acolá, vou continuar a empenhar-me em explicar aos portugueses porque razão decidi candidatar-me à Presidência da República. Vou perder, perdão, ganhar todo o meu tempo a explicar essas razões aos portugueses", que lhe treme sempre que se protege por trás de uma estranha ética de silêncio, inventada de propósito para uma campanha em que Cavaco, já se sabe, não vai pôr em causa nada nem ninguém, deixando as inevitáveis e calculadas rupturas para depois das eleições. Cavaco, por enquanto, esforça-se por ser o candidato de todos os portugueses, mas prepara-se para ser presidente de uma só república: não a portuguesa, não a do PSD, mas a do próprio Cavaco.
3 Comentários:
Grande entrevistadora, de facto!
Expôs a enorme fragilidade do candidato
que não pode ser ele sem estragar o "make up".
muito bem sr. nande, fale de política porque assim além de cair nas graças do sr paulo querido é assumidamente um intelectual.
Já reparei que é anti cavaco. Pois muito bem, ou muito mal, talvez goste do avô Soares, que senil manda diariamente perolas como a que lançou na casa da musica, dizendo que as derrapagens nos orçamentos das obras publicas não são importantes... importante na sua prespectiva são as ideias!!!
Creio que com isto está tudo dito! Trata-se de um irresponsável sénior, que durante a vida não fez outra coisa senão "habilidades" e sempre f.... Portugal com classe saloia, dando a imagem de que era o homem da liberdade. lembrem-se do que fez quando foi primeiro ministro.
São destes habilidosos que devem ser corridos da politica.
Urbano
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