Os poemas antigos: Acertos Veniais, 3
Depois das experiências anteriores com formas bem marcadas, este foi o primeiro poema, digamos, livre, que escrevi e ainda hoje me dá para vomitar internamente os advérbios e mais uma ou outra coisa.
Sentou-se no patamar do abismo, os pés bamboleando, a cabeça de vagas enlevada.
A montanha ruge.
Treme,
trapezia-se, baralhado;
com escuro esquecedor, o abismo excita o torpor gutural.
Cai.
Engole-se abismalmente,
Vomita-se internamente e ainda busca o acenar que formaliza a coisa.
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