a série 2
O que também ando a ver é a primeira série de Twin Peaks - e o curioso nas personagens é que elas são muito mais pretextos para um discurso do que individualidades. Ou seja, abaixo o naturalismo: aqueles miúdos de escola não são miúdos de escola, o agente especial Dale Cooper pode muito bem não ser agente, o dispositivo está todo à mostra e a história pode muito facilmente ser contextualizada numa cidade grande, aquelas palavras podem muito facilmente ser postas nas bocas de elementos de um sindicato do crime. O contexto tão separado do resto - e, ainda assim, tudo funciona, principalmente porque se investe numa ideia de uma imagem enquanto chave, a que eu chamaria parcial, porque denuncia a presença de um terceiro manipulador entre ela própria e o espectador.
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