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A partir da indicação do Nuno Guerreiro Josué, cheguei ao História das Palavras, o fascinante blog de Inácio Steinhardt. Aqui fica um excerto:
A pergunta que se põe geralmente é por que razão o bicho tem nome de país, mas varia de país, de língua para língua.
Em português é peru, em inglês turkey , em francês dinde (coq d'Inde), em polaco e em Yidish, indik, e noutras línguas tem outros nomes, sobre cujas etimologias ainda me não debrucei.
Pois a pátria do peru é o território hoje designado por México, e foram os astecas os primeiros a domesticá-lo. Como ave selvagem existia também nos territórios dos Estados Unidos de hoje.
Deveria então chamar-se "galo do México"? Mas não, nem os mexicanos o chamam assim. No México é "guajolote", um termo da língua nativa azteca, que significava "grande monstro". A atribuição desse horrível atributo ao pacífico "glu-glu" tem origem numa antiga lenda local, que não vem agora para o caso.
No Peru (país) é que ele não existia, nos princípios da colonização.
Mas para nós, portugueses, naquela altura tudo quanto fosse território espanhol nas Américas era Peru.
E dai, quando os espanhóis trouxeram a ave para Espanha, e lhe chamaram "pavo", ou seja "pavão" (que eles distinguiam chamando a este último "pavo real"), demos-lhe o nome de "galinha do Peru" ou "galo do Peru".
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