o meia hora
Desde que li a notícia do lançamento que estava curioso sobre o Meia Hora, o gratuito que lançou hoje o seu número 1: como é que se materializaria a ideia de "gratuito de referência"? Até agora, era óbvio que quem lesse o Metro ou o Destak não deixaria de ler o Público e o DN (já não era tão claro que não deixaria de ler o 24 Horas). Mas conseguiria o Meia Hora satisfazer as necessidades do leitor médio dos diários, por assim dizer, sérios?
Sim e não. O jornal está bem conseguido e não engana ninguém com o grafismo, muito próximo do do DN e do do novo Público. No entanto, percebe-se que o tamanho reduzido impele o Meia Hora à brevidade e concisão. Isto não é mau. O conteúdo é sério e bem escrito, sem banha, tal como se deseja para um conteúdo a ler durante viagens em transportes públicos ou, no geral, durante os intervalos da vida urbana. Por outro lado, deixa entrever o que poderá ser uma distribuição de tarefas e de conteúdos entre imprensa tradicional e esta nova imprensa: os gratuitos são bons no sumário, os pagos são bons no desenvolvimento. Parece anunciar-se um crescimento do jornalismo de investigação, do dossier, na imprensa tradicional, ficando as notícias breves para os gratuitos. Se perceberem isto, o Público e o DN não têm nada a perder. E, já agora, uma ideia: porque não um diário que distribua duas versões, uma gratuita com artigos breves e outra paga com os artigos desenvolvidos? Não teriam as duas muito a ganhar com este sistema?
Sim e não. O jornal está bem conseguido e não engana ninguém com o grafismo, muito próximo do do DN e do do novo Público. No entanto, percebe-se que o tamanho reduzido impele o Meia Hora à brevidade e concisão. Isto não é mau. O conteúdo é sério e bem escrito, sem banha, tal como se deseja para um conteúdo a ler durante viagens em transportes públicos ou, no geral, durante os intervalos da vida urbana. Por outro lado, deixa entrever o que poderá ser uma distribuição de tarefas e de conteúdos entre imprensa tradicional e esta nova imprensa: os gratuitos são bons no sumário, os pagos são bons no desenvolvimento. Parece anunciar-se um crescimento do jornalismo de investigação, do dossier, na imprensa tradicional, ficando as notícias breves para os gratuitos. Se perceberem isto, o Público e o DN não têm nada a perder. E, já agora, uma ideia: porque não um diário que distribua duas versões, uma gratuita com artigos breves e outra paga com os artigos desenvolvidos? Não teriam as duas muito a ganhar com este sistema?
1 Comentários:
Gostei da tua sugestão. Teriam a ganhar bastante. Mas o problema é que o risco ainda seria grande, especialmente em Portugal, porque, parecendo que não, a maioria prefere ter o conteúdo gratuito, mesmo que não seja tão elaborado.
Também gostei do Meia-Hora no geral. Embora ache que ainda tem um caminho a percorrer e pode ser bem melhor.
Abraço!
João Tomé
Enviar um comentário
<< Home