a morte de dinis machado
Na minha vida, lembro três coisas relacionadas com o Dinis Machado. "O Que Diz Molero" ficou-me muito na memória, principalmente a parte final, aquela grande panorâmica da vida, um lançamento de prancha para o infinito. Desde então que em muito do que escrevo penso nesse poder. Isso levou a que me aventurasse na única aventura bibliómana que tive: reunir os três livros do McShade, que até recentemente só se conseguiam em sítio nenhum. Consegui um numa colecção de policiais do Público, outro (edição original) na Feira da Ladra, outro (segunda edição, a do Círculo de Leitores) em segunda mão pela Internet. Mas antes ainda tive oportunidade de me lembrar, mesmo antes de vir para Lisboa, que a Casa da Cultura de Coimbra, à frente da qual vivia, devia ter os livros do McShade. Fui lá, pedi o Requiem por D. Quixote e li-o seguido e sem interrupções. Nunca a experiência de ler me tinha acontecido assim, com gozo e contínua como um filme.
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