Durante uma leitura recente de "Fahrenheit 451", não consegui evitar copiar alguns trechos, de tanto sentido que fazem por trás dos seus certeiros 50 anos:
"Quanto maior for o mercado, Montag, menos controvérsia há que solucionar, não te esqueças!"
"Temos de dar concursos às pessoas que elas ganhem recordando as letras das canções mais populares ou os nomes das capitais dos estados ou quanto cereal produziu Iowa no ano passado. Temos de as encher com dados não combustíveis, atravancá-las com tantos «factos» até se sentirem empanturradas, mas absolutamente «brilhantes» com informação. Então, sentirão que estão a pensar, terão uma situação de movimento sem se moverem."
"- Oh, mas temos muitas horas livres.
- Horas livres, sim. E tempo para pensar? Se não conduzir a cem milhas por hora, a uma velocidade a que não possa pensar noutra coisa a não ser no perigo, então, está a participar num jogo ou sentado numa sala onde não pode discutir com o televisor nas quatro paredes. Porquê? O televisor é «real». É directo, tem dimensão. Diz-lhe aquilo que deve pensar e introdu-lo à força. «Deve» ter razão. «Parece» tão certo. Leva-o tão depressa a chegar às conclusões dele que a sua mente nem tem tempo de protestar «Que absurdo!» (...) Quem é que alguma vez se libertou da garra que nos aperta quando lançamos uma semente numa sala com TV? Dá-lhe a forma que quiser! É um meio tão real como o mundo. «Torna-se» e «é» a verdade."
"Quanto maior for o mercado, Montag, menos controvérsia há que solucionar, não te esqueças!"
"Temos de dar concursos às pessoas que elas ganhem recordando as letras das canções mais populares ou os nomes das capitais dos estados ou quanto cereal produziu Iowa no ano passado. Temos de as encher com dados não combustíveis, atravancá-las com tantos «factos» até se sentirem empanturradas, mas absolutamente «brilhantes» com informação. Então, sentirão que estão a pensar, terão uma situação de movimento sem se moverem."
"- Oh, mas temos muitas horas livres.
- Horas livres, sim. E tempo para pensar? Se não conduzir a cem milhas por hora, a uma velocidade a que não possa pensar noutra coisa a não ser no perigo, então, está a participar num jogo ou sentado numa sala onde não pode discutir com o televisor nas quatro paredes. Porquê? O televisor é «real». É directo, tem dimensão. Diz-lhe aquilo que deve pensar e introdu-lo à força. «Deve» ter razão. «Parece» tão certo. Leva-o tão depressa a chegar às conclusões dele que a sua mente nem tem tempo de protestar «Que absurdo!» (...) Quem é que alguma vez se libertou da garra que nos aperta quando lançamos uma semente numa sala com TV? Dá-lhe a forma que quiser! É um meio tão real como o mundo. «Torna-se» e «é» a verdade."
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