Durante o fim-de-semana (e foi esta a razão para a ausência de novos posts) estive em Lisboa. E, depois de já não ir lá há muito tempo, tenho algo para dizer.
Não é que tenha algo contra a cidade em si, ou seja, não quero dizer que não gosto de Lisboa. Mantive uma relação com alguém de lá o tempo suficiente para apreciar algumas das suas benesses e também algumas das suas desvantagens. Gosto muito da luz, das praças e das avenidas largas. Gosto do borbulhar, de estar parado num sítio alto a ver vida a acontecer.
Mas é triste ver a progressiva residencialização do Parque das Nações em detrimento da criação de um espaço social de lazer. É triste perceber a vampírica escalada dos preços (a noção de utilizar a cultura, a comida, os tempos livres: na capital, transformou-se a acção da vida na utilização dos instrumentos com que ela se faz). E é triste reconhecer o aburguesamento, os olhares mortiços; é triste ver a tristeza.
Não é que não goste de Lisboa, caro Sérgio. Mas Lisboa não me convence, porque parece sempre prometer-me mais do que aquilo que tem. Ou talvez seja a minha desconfiança perene a desgostar de onde não estou. A ver vamos.
Não é que tenha algo contra a cidade em si, ou seja, não quero dizer que não gosto de Lisboa. Mantive uma relação com alguém de lá o tempo suficiente para apreciar algumas das suas benesses e também algumas das suas desvantagens. Gosto muito da luz, das praças e das avenidas largas. Gosto do borbulhar, de estar parado num sítio alto a ver vida a acontecer.
Mas é triste ver a progressiva residencialização do Parque das Nações em detrimento da criação de um espaço social de lazer. É triste perceber a vampírica escalada dos preços (a noção de utilizar a cultura, a comida, os tempos livres: na capital, transformou-se a acção da vida na utilização dos instrumentos com que ela se faz). E é triste reconhecer o aburguesamento, os olhares mortiços; é triste ver a tristeza.
Não é que não goste de Lisboa, caro Sérgio. Mas Lisboa não me convence, porque parece sempre prometer-me mais do que aquilo que tem. Ou talvez seja a minha desconfiança perene a desgostar de onde não estou. A ver vamos.
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