Mais uma vez, o poder da coincidência. "A Queda" (eu não sabia) é um monólogo de um ex-advogado. Algumas citações:
"Gozava a minha própria natureza, e todos nós sabemos que é aí que reside a felicidade, posto que, para nos tranquilizarmos mutuamente, dêmos ares, por vezes, de condenar estes prazeres sob o nome de egoísmo"
"O ar do êxito, ostentado de uma certa maneira, é capaz de pegar raiva a um asno"
"Há sempre razões para matar um homem. Pelo contrário, é impossível justificar-se que ele viva. Aí está porque o crime encontra sempre advogados e a inocência por vezes apenas"
"Nós não podemos afirmar a inocência de ninguém, ao passo que podemos afirmar com segurança a culpabilidade de todos"
"Ah!, quem julgaria que o crime não é tanto fazer morrer como não morrer o próprio!"
"Não sabia que a liberdade não é uma recompensa, nem uma condecoração, que se festeja com champanhe. Nem, aliás, um presente, uma caixa de bombons para lamber os beiços. Oh!, não, é uma estopada, pelo contrário, e uma corrida de fundo, bem solitária, bem extenuante. Nada de champanhe, nada de amigos que ergam a sua taça, olhando-nos com ternura. Sozinhos numa sala sombria, sozinhos no banco dos réus, perante os juízes, e sozinhos a decidir, perante nós mesmos ou perante o juízo dos outros. Ao cabo de toda a liberdade, há uma sentença; eis porque a liberdade é pesada demais, sobretudo quando se sofre de febre, ou nos sentimos mal, ou não amamos ninguém.
Ah!, meu caro, para quem está só, sem Deus e sem senhor, o peso dos dias é terrível. É preciso, pois, escolher um senhor, visto que Deus já não está na moda"
"Não somos todos nós semelhantes, falando sem cessar e para ninguém, enfrentando sempre as mesmas perguntas, embora conheçamos de antemão as respostas?"
"Gozava a minha própria natureza, e todos nós sabemos que é aí que reside a felicidade, posto que, para nos tranquilizarmos mutuamente, dêmos ares, por vezes, de condenar estes prazeres sob o nome de egoísmo"
"O ar do êxito, ostentado de uma certa maneira, é capaz de pegar raiva a um asno"
"Há sempre razões para matar um homem. Pelo contrário, é impossível justificar-se que ele viva. Aí está porque o crime encontra sempre advogados e a inocência por vezes apenas"
"Nós não podemos afirmar a inocência de ninguém, ao passo que podemos afirmar com segurança a culpabilidade de todos"
"Ah!, quem julgaria que o crime não é tanto fazer morrer como não morrer o próprio!"
"Não sabia que a liberdade não é uma recompensa, nem uma condecoração, que se festeja com champanhe. Nem, aliás, um presente, uma caixa de bombons para lamber os beiços. Oh!, não, é uma estopada, pelo contrário, e uma corrida de fundo, bem solitária, bem extenuante. Nada de champanhe, nada de amigos que ergam a sua taça, olhando-nos com ternura. Sozinhos numa sala sombria, sozinhos no banco dos réus, perante os juízes, e sozinhos a decidir, perante nós mesmos ou perante o juízo dos outros. Ao cabo de toda a liberdade, há uma sentença; eis porque a liberdade é pesada demais, sobretudo quando se sofre de febre, ou nos sentimos mal, ou não amamos ninguém.
Ah!, meu caro, para quem está só, sem Deus e sem senhor, o peso dos dias é terrível. É preciso, pois, escolher um senhor, visto que Deus já não está na moda"
"Não somos todos nós semelhantes, falando sem cessar e para ninguém, enfrentando sempre as mesmas perguntas, embora conheçamos de antemão as respostas?"
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