
Não percebo como posso ser um segredo tão complicado mesmo para mim, mas a verdade é que não sei porque descarreguei o disco inteiro da Maria Rita. E fi-lo sempre pensando que a mulher sofre do mesmo mal que a Lisa Ekdahl (ou da Norah Jones), mas sem a aura de pardalito e a distância do inglês: um jazz vocal demasiado certinho, muito sem chama. A mulher tem boa voz, certo; as músicas são engraçaditas, certo; os músicos são competentes, justo; o disco tem bons momentos, inegável. Mas, nestas circunstâncias, até acho que preferiria uma coisa mais desequilibrada, em vez deste... deste.. deste leitinho morno. Mesmo com o Y a sacudir a mitomania para trás das costas e a dizer o público de Maria Rita: mais de trinta anos, estabelecido na vida, consumidor de TV e DVD, frequentador de sofá e bebedor de whisky (só com gelo).
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