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3 comentários atrasados e um ainda a tempo

- (lembrado pelo comentário semanal de Pacheco Pereira ao Jornal da Sic) O deputado Miguel Paiva, do Cds-Pp, expressou a relutância do seu partido em integrar os casos de mutilação genital feminina no art. 144º do Código Penal e a consequente iniciativa legislativa da bancada parlamentar para uma criminalização específica de tal prática baseado no raciocínio de que a importância do clitóris é "algo subjectiva", tendo ele uma função essencial no prazer sexual, mas "para além disso a sua mutilação não afecta nenhuma função vital", nomeadamente "a função reprodutiva". Resume-se a questão a saber se o clitóris pode ser considerado "importante órgão ou membro" e a sua relevância sexual não é, para o Pp, suficiente.
Esqueçamos o "importante". Mesmo que o clitóris possa não ser considerado um "órgão ou membro", parece-me que uma intervenção legislativa é excessiva para algo que se poderia resolver ao nível judicial através de uma extensão pouco arriscada. Pergunto-me, por exemplo, se o deputado se lembrou dos mamilos masculinos. É que são eles, e não o pénis, a parte mais erógena da anatomia masculina, com uma função estritamente sexual: não servem para mais nada que não seja endurecer em resposta ao estímulo sexual. Ora, perguntaria se, imaginando-se o sr. deputado sem camisa e com dois círculos dolorosos e sangrantes no peito, hesitaria em chamar-lhes "importante órgão ou membro".

- O livro de Rebecca Blood, "The Weblog Handbook", foi publicado em Portugal (já há umas semanitas, pelo que vejo: confiei demais numa notícia lida no suplemento Computadores do Público aqui há uns tempos). Conheço bem o site da senhora. Recomendo vivamente.

- A população de Madrid deu ontem um exemplo tutelar de espírito cívico com as manifestações espontâneas à frente da sede do PP de Aznar e Rajoy na Calle Génova. Ilegais, com os peitos negros dos polícias em cima, mas cheias de um quase comovente sentido do justo e de exercício da cidadania.

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