


Os acontecimentos recentes em Espanha lembram-me a mobilização sentimental com o assassínio de Miguel Ángel Blanco em 1997 e fazem-me temer pela vulgarização pimba (terrível em Espanha, muito pior do que em Portugal), que foi bem visível com a maré negra do Prestige. Não faz ideia quem não vê televisão espanhola e galega das situações em que a frase Nunca Más foi usada para arrancar aplausos. Quanto ao futuro, não adianta exagerar o temor a um perigo que já se devia saber presente. Mas se alguém a quem eu tenha carinho morrer alguma vez porque o meu Governo tomou outrora uma posição belicista e subserviente, e independentemente de a culpa ser de quem mata, eu tomarei para mim o direito egoísta, irrazoável e antidemocrático de declarar incompatibilidade de diálogo com o Psd e o Pp durante o tempo que me apetecer.
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