o filme
A Leonor Areal retoma o tema do filme sobre fado de Carlos Saura. Mas, mais uma vez, afirmo: o argumento (usado por Maria José Nogueira Pinto na recusa inicial) de que a decisão é injusta porque um filme sobre fado não deve ser realizado por um espanhol é mais do que dirigista, é provinciano e tacanho. Esqueçamos isso e, considerando os óbvios benefícios promocionais que do filme advirão para a própria cidade de Lisboa, para o fado e para a visibilidade da cultura portuguesa, pensemos no outro lado da questão: são 1,21 milhões de euros (quase um terço do orçamento para a Cultura da cidade de Coimbra) atribuídos sem concurso a um único projecto. A Câmara Municipal de Lisboa e os restantes organismos públicos que ajudarão a financiar o filme deveriam ter esclarecido melhor quanto darão e de que modo se efectuará a sua participação nos direitos do filme. É uma pura e simples questão de cautela política e financeira e um direito básico dos contribuintes e dos cidadãos.
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