os encapuçados de coimbra
Como não sou nem da JSD nem do Bloco de Esquerda, estou à vontade para salientar algo de muito simples: não foram os três manifestantes que se disseram do Bloco, foram os elementos da clique cavaquista que os identificaram como tal. Aliás, no Público de hoje, um dos jotinhas dizia que sabia que assim era, pois conhecia-os da lista do Bloco para a Associação Académica. Seria bom que se identificasse que lista era essa, pois as listas mais à esquerda para a AAC são normalmente multipartidárias e têm de atender muito mais aos interesses das repúblicas do que dos partidos. Várias repúblicas são, aliás, órgãos politicamente muito vincados que tendem a agir isoladamente ou concertadamente para cumprir uma agenda própria e independente da dos partidos políticos de que estão mais ou menos próximas. É uma pena que o aproveitamente político deste acontecimento pela comunicação social e pelos operacionais de campanha esconda mais uma vez esta particularidade de Coimbra ao resto do país.
2 Comentários:
Olá! Sei que não és propriamente fã do cavaco Silva e estás no teu direito, mas daí a chamar nomes a alguém só porque essas pessoas têm uma opção politica não está correcto; ainda mais quando eles depois falam que nem sequer vão votar e que se manifestaram porque é um direito que lhes assiste. Já li muitas opiniões de pessoas que não gostam do Cavaco Silva, inclusivé as tuas - em que só não percebo o porquê de tanto rancor - mas são fundamentadas. Agora este tipo de insultos não acho que sejam consagrados como o uso do direito de manifestação.
Coloquei um post sobre isso no meu blog, gostaria que passasses lá para ver.
Saudações Académicas!
É verdade, não está correcto. Aliás, é bom ver como nós, hoje, consideramos "fascistas" um nome. No entanto, não é essa a questão sobre que me debruço. O aproveitamento político feito pelos elementos da JSD ao ligar a acção ao BE é desonesto ou demonstra desinformação. E, ainda que não concorde com os termos usados pelos três (três!) manifestantes na sua faixa, eles têm o direito de os usar, ainda para mais quando qualquer alma esclarecida sabe que o choque é arma válida em política. A agressão física é que já não o é. Mas, mais uma vez, não foi essa a questão sobre que me debrucei.
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