O crédito
PUBLICIDADE (ver)
Já escrevi em várias oportunidades anteriores que o crédito mal-parado, quer do lado da oferta, quer do lado da procura, pode ser um veneno corrosivo (as excepções não o são bem, porque fazem-se num quadro diferente) . O que estes senhores fazem é oferecê-lo ao nível empresarial e através de um site muito pouco sedutor.
O que resta dizer é que, ao contrário do que já me foi apontado, eu não tenho nada contra quem pede um crédito e muito menos contra quem fica numa situação desagradável por causa disso mesmo. Tenho, sim, algo contra o luxo e, mais ainda, contra o fabrico da necessidade, quer de um, quer de outro. Ora, eu reparo que, se os consumidores fabricam a necessidade de luxo (por definição, não necessário), as linhas de "crédito fácil" baseiam a actividade precisamente no fabrico da necessidade do crédito, num raciocínio muito semelhante, por exemplo, ao das TeleVendas. Como dizia o Jerry Seinfeld numa piada já clássica, quem é que nunca pensou enquanto via televisão às duas da manhã "eh pá, dava-me mesmo jeito aquela faca que corta sapatos"? A entrega de dinheiro anunciada como "sem perguntas, por telefone, na hora" cria o mesmo tipo de apetência: de certo modo, faz nascer no espectador a disponibilidade, até aí inexistente, de ponderar essa opção. E eu acho que isso não é legítimo.
Já escrevi em várias oportunidades anteriores que o crédito mal-parado, quer do lado da oferta, quer do lado da procura, pode ser um veneno corrosivo (as excepções não o são bem, porque fazem-se num quadro diferente) . O que estes senhores fazem é oferecê-lo ao nível empresarial e através de um site muito pouco sedutor.
O que resta dizer é que, ao contrário do que já me foi apontado, eu não tenho nada contra quem pede um crédito e muito menos contra quem fica numa situação desagradável por causa disso mesmo. Tenho, sim, algo contra o luxo e, mais ainda, contra o fabrico da necessidade, quer de um, quer de outro. Ora, eu reparo que, se os consumidores fabricam a necessidade de luxo (por definição, não necessário), as linhas de "crédito fácil" baseiam a actividade precisamente no fabrico da necessidade do crédito, num raciocínio muito semelhante, por exemplo, ao das TeleVendas. Como dizia o Jerry Seinfeld numa piada já clássica, quem é que nunca pensou enquanto via televisão às duas da manhã "eh pá, dava-me mesmo jeito aquela faca que corta sapatos"? A entrega de dinheiro anunciada como "sem perguntas, por telefone, na hora" cria o mesmo tipo de apetência: de certo modo, faz nascer no espectador a disponibilidade, até aí inexistente, de ponderar essa opção. E eu acho que isso não é legítimo.
1 Comentários:
As empresas estão sempre a tentar lucrar com a necessidade e desespero alheios. Aproveitam a vulnerabilidade das pessoas. No caso da internet por exemplo a NEtcabo abusa de ser um monopólio e os clientes são super maltratados. cabe-nos a nós estar atentos e alertar.
Enviar um comentário
<< Home