o filme: sangue eterno
Nesta coisa de se apreciarem filmes, há-de sempre haver o momento em que alguém que diz "um filme de vampiros é sobre vampiros" discute com alguém que diz algo como "um filme de vampiros pode perfeitamente ser sobre a ditadura de Pinochet". Foi isto mesmo que pensei ao ver Sangre Eterna, do chileno Jorge Olguín, presente na secção competitiva do Fantasporto 2005. Uma maneira de olhar para a coisa diz que é um filme de vampiros em que não se sabe bem se o que vemos é realidade ou imaginação de uma das personagens. Outra diz que é uma história sobre jovens que rejeitam os pais a procurarem o seu lugar num mundo onde persiste a ideia de crueldade e morte. Cenas finais: um tipo diz que a tortura servia para purificar as almas e grita "isso ainda não acabou!" enquanto é levado por guardas; uma mãe, que passou o filme todo com uma peruca que só retira quando percebe que a filha vai morrer, despede-se dela pedindo-lhe perdão; ao morrer, a filha abre os olhos. Sim, isto é tudo sobre Pinochet - e, sim, o Land of The Dead do Romero é sobre a globalização.
1 Comentários:
eu achei omelhor filme serio , achei muito legal prabens mesmo
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