Durante três meses, o Barry Champlain insultou os leitores. A minha ausência deste espaço deveu-se a duas circunstâncias. Por um lado, perdi a utilidade para ele quando deixei de ter o que nele dizer. Estar em frente a um computador o dia todo a tentar escrever para além da alma esgota-a de significados com valor e levou-me a colocar a questão: faço isto para quem? O que pode alguém ganhar com o que aparece no blog? Como resposta, o vazio. Concluí de que não estava a gostar de ser leitor de mim próprio, tal como o Champlain, que não aguentava mais ouvir-se, não conseguia suportar uma multidão invisível que o queria ouvir.
Sem que assim fosse, nada me obrigava a continuar. Comecei a escrever online porque, influenciado pelo Francisco José Viegas, andava fascinado com a descoberta daquilo que se podia e não se podia escrever num blog, mas isso foi conversa de há cinco ou seis anos. A possibilidade do blog enquanto meio e formato específico, aquela que me foi dando gás para ir fazendo experiência atrás de experiência e me fortalecer o músculo do qwerty, acabou por se perder para mim e redundou em semanas de textos "de sobrevivência", em que fui aguentando talvez mais pela vaidade de não querer admitir que tinha para dizer neste sítio estava esgotado.
Por outro lado, como se anda por aí a dizer, já ninguém se importa. Não houve elegias por este hiato, primeiro porque me escapuli a esse género tão popular que é o post de bloguicídio e, segundo, porque há tanto mais para ler que só um ego muito grande ou que acha que lhe devem alguma coisa as poderá presumir. Eu próprio, por questões laborais, sigo mais de 500 blogs e não tenho pejo de admitir que é normal perder-me em nuvens de RSS. Estava, e ainda estou, farto. Apeteceu-me recomeçar e tantar voltar a perceber o que é que pode ser escrito aqui.
Desejei que o número de visitas descesse ao zero, mas cinco anos são cinco anos e isso o Google não deixava. Não tive saudades. Felizmente, todas as minhas tentativas de fazer disto um espaço para escrever por obrigação falharam. Mas hoje, reparando que passavam três meses de paragem, comecei desinteressadamente a mudar o template e apercebi-me que o estava a pôr próximo do que foi no início. E então escaparam-me as palavras que estão agora a ler.
Não prometo regularidade nem nada. Este texto, na verdade, foi mais para mim do que para vós. Uma declaração de intenções de puro gozo. Enquanto o tiver, continuo. E é tudo.
Sem que assim fosse, nada me obrigava a continuar. Comecei a escrever online porque, influenciado pelo Francisco José Viegas, andava fascinado com a descoberta daquilo que se podia e não se podia escrever num blog, mas isso foi conversa de há cinco ou seis anos. A possibilidade do blog enquanto meio e formato específico, aquela que me foi dando gás para ir fazendo experiência atrás de experiência e me fortalecer o músculo do qwerty, acabou por se perder para mim e redundou em semanas de textos "de sobrevivência", em que fui aguentando talvez mais pela vaidade de não querer admitir que tinha para dizer neste sítio estava esgotado.
Por outro lado, como se anda por aí a dizer, já ninguém se importa. Não houve elegias por este hiato, primeiro porque me escapuli a esse género tão popular que é o post de bloguicídio e, segundo, porque há tanto mais para ler que só um ego muito grande ou que acha que lhe devem alguma coisa as poderá presumir. Eu próprio, por questões laborais, sigo mais de 500 blogs e não tenho pejo de admitir que é normal perder-me em nuvens de RSS. Estava, e ainda estou, farto. Apeteceu-me recomeçar e tantar voltar a perceber o que é que pode ser escrito aqui.
Desejei que o número de visitas descesse ao zero, mas cinco anos são cinco anos e isso o Google não deixava. Não tive saudades. Felizmente, todas as minhas tentativas de fazer disto um espaço para escrever por obrigação falharam. Mas hoje, reparando que passavam três meses de paragem, comecei desinteressadamente a mudar o template e apercebi-me que o estava a pôr próximo do que foi no início. E então escaparam-me as palavras que estão agora a ler.
Não prometo regularidade nem nada. Este texto, na verdade, foi mais para mim do que para vós. Uma declaração de intenções de puro gozo. Enquanto o tiver, continuo. E é tudo.
6 Comentários:
eh!
Seja bem aparecido!!!
J.Rasteiro
E eu, deste lado, fico a aguardar que as tuas palavras te continuem a dar gozo, porque assim continuamos a ser bafejados com elas por aqui...
Abraço e bom 2009!
Olá Nande. Senti falta das tuas palavras por aqui. Sei que escrever num blog é quase como escrever num jornal, o jornal do dia seguinte é passado, lixo, ou quase. Só que num blogue escrevemos para nós ou com as nossas regras. Fazemos o que quisermos, até parar, por distracção ou não.
Gostei do template muito parecido com o Q10! Sejas bem aparecido. Se quiseres continuar a escrever estou cá para te ler.
Abraço
Va la Nande! Escrever faz bem a alma... hd
eu vinha aqui, não por causa do google, mas à espera de um reaparecimento. Pelos vistos não foi em vão. Obrigada
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