Em resposta ao comentário a "O consumidor de cultura"
Nélio,
a grande questão naquilo que dizes parece-me ser a de como sobreviver enquanto artisticamente interessado quando a arte corporizou a auto-citação como ferramenta válida de expressividade.
Eu parto de um ponto de vista ligeiramente ao lado do teu.
Não me parece que o conhecimento de uma certa tradição artística seja de desdenhar, até porque isso fará parte da formação que considero necessária (mesmo que meramente formal, ou seja, dos instrumentos com que a arte se faz). Aquilo de que eu gostaria, e aí sim, talvez nos encontremos, seria separar a necessidade (que parece imposta pela comunicação social mitómana que segue o padrão New Musical Express) da ligação entre apreciador, ou espectador, se preferires, e crítico. Parece-me que há um espaço fora do sabe-tudismo do crítico - que é necessário, não me interpretes mal!!!- em que a obra tem validade; ou seja, em que a sua interpretação, sendo motivada por critérios diferentes dos do crítico, não é, no entanto, menor.
a grande questão naquilo que dizes parece-me ser a de como sobreviver enquanto artisticamente interessado quando a arte corporizou a auto-citação como ferramenta válida de expressividade.
Eu parto de um ponto de vista ligeiramente ao lado do teu.
Não me parece que o conhecimento de uma certa tradição artística seja de desdenhar, até porque isso fará parte da formação que considero necessária (mesmo que meramente formal, ou seja, dos instrumentos com que a arte se faz). Aquilo de que eu gostaria, e aí sim, talvez nos encontremos, seria separar a necessidade (que parece imposta pela comunicação social mitómana que segue o padrão New Musical Express) da ligação entre apreciador, ou espectador, se preferires, e crítico. Parece-me que há um espaço fora do sabe-tudismo do crítico - que é necessário, não me interpretes mal!!!- em que a obra tem validade; ou seja, em que a sua interpretação, sendo motivada por critérios diferentes dos do crítico, não é, no entanto, menor.
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