Este blog está encerrado.

O autor continua a publicar em http://jvnande.com.

Se quiser ler uma selecção de textos, clique aqui.

Neste dia em que se acabaram os campeonatos de mergulho em Guantanamo, ponderosos assuntos me preocuparam. Há dias, por questões de trabalho, tive de ir a Sesimbra e, dada a proximidade de Setúbal, pensei que a pequena vila piscatória estaria a pulular de chocos fritos em diversas formas, feitios e estados de frescura. Qual não foi o meu espanto quando reparei que, nos diversos menus que os mais variados e economicamente transversais restaurantes penduravam à porta, choco frito nem vê-lo. Bitoque, sim; carne de porco à alentejana, sim; bacalhau assado, claro; mas choco frito, nada. Ora, eu tenho um fetiche com o choco frito desde que, em conversas de universitários rascas com um colega de Setúbal a quem afectuosamente chamava Badocha, ele não se fartava de gabar as virtudes desta refinada iguaria, que enquanto snack considerava superior à afamada, nortenha e continental francesinha. A minha única real tentativa de o comer (o choco, não o meu amigo), no parque de campismo de Porto Covo há anos (repito: o choco), saldou-se numa semifrustração de o considerar demasiado semelhante ao calamar, mas sem a certeza de poder confiar naquela versão apressada de esconsa cantina. No dia seguinte à desilusão de Sesimbra, almoçando com um amigo que me ia dizendo que deveria ter esquecido o choco frito e avançado para o espadarte, reparei que, por incrível coincidência, a lanchonete onde costumo almoçar servia o petisco para almoço. Pedi - e, mais uma vez, ficou aquém. Ainda assim, a falta de certeza persiste. Devo insistir no choco frito ou deixá-lo seguir em paz no seu oceano de três ás girassol? Estas são as coisas que hoje me preocuparam, mas, pelo menos, agora a Ani DiFranco pode realmente cantar (na que durante anos foi canção oficial deste blog) que Bush não é presidente.

1 Comentários:

Blogger Angélika disse...

Eu por norma tendo a experimentar os pratos regionais, nas suas origens.

É muito diferente comer uma francesinha à moda do Porto, em Lisboa (nunca sabe ao mesmo), ou comer carne de porco à alentejana no Minho, ou ainda uma feijoada à Transmontana em Olhão(onde acrescentam temperos que não se usam em Trás-os-Montes!).

Não dá, a não ser que o chef de cozinha seja oriundo desses locais, como já me aconteceu num restaurante em Odivelas onde descobri um vizinho do Norte e comi uma bela Feijoada quase tão boa como a que a minha avó faz.

Quem me dera que as minhas inquietações fossem chocos fritos =)

Bjos ***
Angélika

12:57:00 da tarde  

Enviar um comentário

<< Home

« Home | Próximo »
| Próximo »
| Próximo »
| Próximo »
| Próximo »
| Próximo »
| Próximo »
| Próximo »
| Próximo »
| Próximo »


jorge vaz nande | homepage | del.icio.us | bloglines | facebook | e-mail | ligações |

novembro 2003 dezembro 2003 janeiro 2004 fevereiro 2004 março 2004 abril 2004 maio 2004 junho 2004 julho 2004 agosto 2004 setembro 2004 outubro 2004 novembro 2004 dezembro 2004 janeiro 2005 fevereiro 2005 março 2005 abril 2005 maio 2005 junho 2005 julho 2005 agosto 2005 setembro 2005 outubro 2005 novembro 2005 dezembro 2005 janeiro 2006 fevereiro 2006 março 2006 abril 2006 maio 2006 junho 2006 julho 2006 agosto 2006 setembro 2006 outubro 2006 novembro 2006 dezembro 2006 janeiro 2007 fevereiro 2007 março 2007 abril 2007 maio 2007 junho 2007 julho 2007 agosto 2007 setembro 2007 outubro 2007 novembro 2007 dezembro 2007 janeiro 2008 fevereiro 2008 março 2008 abril 2008 maio 2008 junho 2008 julho 2008 agosto 2008 setembro 2008 outubro 2008 janeiro 2009 fevereiro 2009 março 2009 maio 2009 junho 2009 julho 2009 agosto 2009