Ontem à tarde, durante o jogo da Selecção:é verdade, pá, são os seios da Isabel Figueira e os abdominais do Cristiano Ronaldo que o país tem metidos na cabeça. Não me oponho: pelo menos na cabeça dos portugueses, os dois tocam-se.
o minuto de silêncio
Ontem aconteceu mais uma vez. Deixado sozinho no café de sempre, entretido a ler, aparece um amigo que me reclama a atenção, desviando-ma do livro. Situação delicada: apesar de querer continuar a ler e de saber que o amigo me agradece, mas não me exige, a interrupção da leitura, sinto-me obrigado a fechar o livro. Cortesia? Falta de resistência contra a vontade de confraternização? O curioso do caso: o livro é "Dor", de C.S. Lewis; como marca de leitura, um postal publicitário do filme "Wilbur Quer Matar-se".
arlinda na berlinda
Em situações normais, não daria muita importância a Arlinda Mestre. Não é que tenha algo contra a mulher, nada disso; simplesmente, limitar-me-ia a saber o necessário para poder entender os mexericos que se adivinham sobre a afamada quinta, e pronto, chega, vai lá, Arlinda, à tua vida.
Mas, há algumas semanas, o telejornal da Sic, ainda antes da Tvi, anunciou Arlinda a Portugal como um exemplo, como alguém que ultrapassou uma infância infeliz e uma temporada na prisão e se tornou uma fotógrafa popularíssima em França, uma socialite de primeira linha, uma cantora e fotógrafa talentosa. Estranho: nunca tinha ouvido falar da senhora como fotógrafa, muito menos como cantora. Perguntei a conhecidos, principalmente àqueles que já viveram em França e podiam ter conhecimento de insider, se sabiam de algo. Nada, Ninguém tinha ouvido falar da Arlinda.
O caso começou a intrigar-me, até porque a história da mulher começou a propagar-se um pouco por todo o lado, não só na informação sensacionalista (Tvi incluída), mas também no Expresso, que, em estratégia conhecida e beneficiada pela inclusão no mesmo grupo de comunicação que a Sic, tinha sido o primeiro a dá-la (ou que a relançou - segundo Luís Ene, a Grande Reportagem já falava no caso em 2004).
Fiz então uma busca no Google (no google.fr, para não haver dúvidas). Resultados curiosos: para além do site de Arlinda, onde se mostram alguns exemplos de trabalhos fotográficos que me parecem algo repetitivos e, a momentos, demasiado ingénuos, e algumas opiniões em blogs - mas nunca anteriores à notícia ou do Expresso ou da Sic -, restam apenas algumas referências à venda on-line e ao lançamento do seu livro "Eden" e de um disco, bem como um singelo pedido de informação num fórum.
Ou seja, se Arlinda Mestre é popular em França, não o é nem entre a comunidade portuguesa, nem entre utilizadores de internet. Tudo isto cheira demasiado a charlatanice e a golpe publicitário metidos em Mala de Cartão, principalmente se tivermos em conta que poucos dias passaram até que se soubesse que Arlinda integraria o elenco da nova Quinta das Celebridades. No fundo, não é nada de surpreendente - mais um padrão erguido no caminho da informação-espectáculo. O que é extraordinário é que órgãos de comunicação como a Sic (nem falo da Tvi, que já se sabe, nem do Expresso, cuja reportagem não li) sirvam tão impunemente como peões neste joguete, perpetuando uma história mal contada e colando rótulos com tanta certeza a alguém - com base em quê? Nas palavras de própria Arlinda? O que aconteceu foi um momento de pessimo jornalismo, que serviu apenas para enganar o público pouco esclarecido da imprensa e programas cor-de-rosa. E não são coisas como esta, pequeninas, a que ninguém liga, que nos vão afundando lentamente na areia movediça?
Mas, há algumas semanas, o telejornal da Sic, ainda antes da Tvi, anunciou Arlinda a Portugal como um exemplo, como alguém que ultrapassou uma infância infeliz e uma temporada na prisão e se tornou uma fotógrafa popularíssima em França, uma socialite de primeira linha, uma cantora e fotógrafa talentosa. Estranho: nunca tinha ouvido falar da senhora como fotógrafa, muito menos como cantora. Perguntei a conhecidos, principalmente àqueles que já viveram em França e podiam ter conhecimento de insider, se sabiam de algo. Nada, Ninguém tinha ouvido falar da Arlinda.
O caso começou a intrigar-me, até porque a história da mulher começou a propagar-se um pouco por todo o lado, não só na informação sensacionalista (Tvi incluída), mas também no Expresso, que, em estratégia conhecida e beneficiada pela inclusão no mesmo grupo de comunicação que a Sic, tinha sido o primeiro a dá-la (ou que a relançou - segundo Luís Ene, a Grande Reportagem já falava no caso em 2004).
Fiz então uma busca no Google (no google.fr, para não haver dúvidas). Resultados curiosos: para além do site de Arlinda, onde se mostram alguns exemplos de trabalhos fotográficos que me parecem algo repetitivos e, a momentos, demasiado ingénuos, e algumas opiniões em blogs - mas nunca anteriores à notícia ou do Expresso ou da Sic -, restam apenas algumas referências à venda on-line e ao lançamento do seu livro "Eden" e de um disco, bem como um singelo pedido de informação num fórum.
Ou seja, se Arlinda Mestre é popular em França, não o é nem entre a comunidade portuguesa, nem entre utilizadores de internet. Tudo isto cheira demasiado a charlatanice e a golpe publicitário metidos em Mala de Cartão, principalmente se tivermos em conta que poucos dias passaram até que se soubesse que Arlinda integraria o elenco da nova Quinta das Celebridades. No fundo, não é nada de surpreendente - mais um padrão erguido no caminho da informação-espectáculo. O que é extraordinário é que órgãos de comunicação como a Sic (nem falo da Tvi, que já se sabe, nem do Expresso, cuja reportagem não li) sirvam tão impunemente como peões neste joguete, perpetuando uma história mal contada e colando rótulos com tanta certeza a alguém - com base em quê? Nas palavras de própria Arlinda? O que aconteceu foi um momento de pessimo jornalismo, que serviu apenas para enganar o público pouco esclarecido da imprensa e programas cor-de-rosa. E não são coisas como esta, pequeninas, a que ninguém liga, que nos vão afundando lentamente na areia movediça?
Aproveito as mini-férias para realizar grandes mudanças n'A Queda: o template muda, o estilo também e o blog aproxima-se mais da normalização. Por aqui, nada de especial: só um aparozinho nas margens.
faz hoje cem anos que morreu júlio verne
Júlio Verne foi talvez o primeiro autor que eu conheci enquanto tal. Por isso mesmo, é-me curioso pensar que só li um livro dele, livro mesmo, com o texto como ele o escreveu (se bem que noutra língua), quando já tinha uns 12, 13 anos. Antes, tinha visto filmes, séries, bandas desenhadas - mas mesmo muitos. Sinto a obra de Verne como a primeira que me enformou a imaginação e pergunto-me se não foi isso literatura a chegar-me para além da leitura numa idade em que ainda não sabia ler.
Há algo em Júlio Verne que ultrapassa o facto de ele ter sido o autor por excelência na Era Industrial, algo que me parece ser muito simples e Romântico: a aventura. Em Verne, o centro ainda é o Humano, não a Máquina, e é por aí que a sua obra se aguenta ainda hoje: Verne fala de pessoas que se propõem algo de extraordinário e narra o modo como o atingem. Nada mais. O extraordinário, esse, não é uma catarse religiosa, a sublimação espiritual ou o bem-estar psíquico. É algo que existe, como a aposta de Philleas Fog, a ambição científica do professor Linderbrook ou a luta pela sobrevivência de Ned Land. Coisas simples.
Há algo em Júlio Verne que ultrapassa o facto de ele ter sido o autor por excelência na Era Industrial, algo que me parece ser muito simples e Romântico: a aventura. Em Verne, o centro ainda é o Humano, não a Máquina, e é por aí que a sua obra se aguenta ainda hoje: Verne fala de pessoas que se propõem algo de extraordinário e narra o modo como o atingem. Nada mais. O extraordinário, esse, não é uma catarse religiosa, a sublimação espiritual ou o bem-estar psíquico. É algo que existe, como a aposta de Philleas Fog, a ambição científica do professor Linderbrook ou a luta pela sobrevivência de Ned Land. Coisas simples.
jornalismo e blogs
Discute-se, principalmente nos Eua, a equiparação dos bloggers a jornalistas. Tem-se em vista a protecção de fontes (em Portugal, ainda não há muitos blogs de intenção jornalística especializada - lá chegará o tempo...).
É normal que o problema seja discutido com maior insistência nos Eua, onde não há regulação do acesso à profissão de jornalista e onde os blogs estão mais avançados no seu processo de normalização. Aqui, com a Comissão da Carteira a distinguir, bem ou mal, quem pode ou não opor a um tribunal o seu segredo profissional, a pergunta que se coloca será antes a de saber quando é que os blogs coexistirão ao mesmo nível com os meios tradicionais de informação (imprensa, rádio, televisão), ou seja, quando é que os anunciantes se interessarão por este formato de modo a permitir a existência e especialização de jornalistas-bloggers. Bem vistas as coisas, e uma vez que as dificuldades financeiras das empresas de comunicação obrigam a maior parte dos colaboradores a trabalharem em regime de freelance, poderá não estar assim tão longe o tempo.
É normal que o problema seja discutido com maior insistência nos Eua, onde não há regulação do acesso à profissão de jornalista e onde os blogs estão mais avançados no seu processo de normalização. Aqui, com a Comissão da Carteira a distinguir, bem ou mal, quem pode ou não opor a um tribunal o seu segredo profissional, a pergunta que se coloca será antes a de saber quando é que os blogs coexistirão ao mesmo nível com os meios tradicionais de informação (imprensa, rádio, televisão), ou seja, quando é que os anunciantes se interessarão por este formato de modo a permitir a existência e especialização de jornalistas-bloggers. Bem vistas as coisas, e uma vez que as dificuldades financeiras das empresas de comunicação obrigam a maior parte dos colaboradores a trabalharem em regime de freelance, poderá não estar assim tão longe o tempo.
coimbra in blues
Que excelentes concertos ontem no festival Coimbra in Blues. Que bom foi ouvir e aplaudir a harmónica de Keith Dunn. Como foi grandioso o Robert Belfour, sozinho com a sua guitarra acústica, a cantar-se e a fazer-me perceber explicitamente que o blues é só duas coisas (a vida que cospe num homem, um homem que cospe na vida). E que vergonha para a Câmara Municipal de Coimbra, que negou o financiamento a este espectáculo fabuloso e que só não foi cancelado graças à mão segura de Paulo Furtado.
neurose semiótica na queda
Quando vi o Neurose Semiótica começar, não sabia que acabaria por se tornar um fotoblog (ou blog sobre fotografia?) tão íntimo e interessante. Passei-o para A Queda por coerência, mas ponho-o aqui porque sim.
desabafo
Pela segunda vez, faço uma experiência pouco admitida: escrevo um conto de propósito para um concurso literário. É necessário que o conto verse um tema específico, mas eu não o conheço ou sequer entendo, por isso, limito-me a improvisar um enredo com momentos alusivos a ele. Seja como for, uma observação: ultimamente, não escrevo nada que não verse sobre a memória e a idade. Há sete anos, recordo-me perfeitamente de ter pensado que só escrevia sobre o paralelismo entre o saber e as coisas. Lembro-me também que, nessa altura, zanguei-me terrivelmente com os verbos ser e amar. Hoje, normalizei esse uso e passei a lutar contra os advérbios de modo e os adjectivos. Um dia, talvez consiga assassinar todo o léxico. Por agora, reparo que o enredo me tem saído naturalmente para uma história de amor, de encontros e desencontros tornados interessantes através da reorganização temporal. Curiosamente, tinha acontecido o mesmo da primeira vez em que escrevi um conto de propósito para um concurso. A diferença é que dessa vez conhecia perfeitamente o tema. Mas já começava então à procura do simples. Simplificar, simplificar o mais possível. No início, queria era fazer complicado, hermético, ilegível. Hoje, não. Escrevo para me entender e para que me entendam. Tenho um projecto, um livro com contos e uma pequena novela, à maneira, mas não ao estilo, dos "Los Funerales de La Mama Grande". Os contos estão quase acabados, precisam de correcção e reorganização, mas já passaram o ponto de não-retorno. A novela vem daqui , a concepção que tinha dela mudou, mas nunca perdi o texto ou a história, e isso importa-me muito. Quase tanto como encontrar um editor porreiro. Isso leva-me à frase (julgo que é do Godard) "quando se quer criar uma obra, o escritor senta-se a escrever, o pintor começa a pintar, o cineasta começa a fazer telefonemas" e penso que não é bem assim. Mas amanhã o trabalho é de manhã e eu ainda tenho de arrumar as horas.
o poder
No início deste ano, este blog foi citado e/ou adicionado à barra lateral no Aviz, no Vale de Almeida, no Quartzo, Feldspato & Mica, no Miniscente e no Casa de Osso. Deve ser essa a explicação.
o papa ferro
Tal como Cunhal, também Karol Wojtyla resiste até ao fim. Que admiração é que um merece e o outro não?
o professor de marcelo
No Público de quinta-feira, Eduardo Prado Coelho diz no primeiro parágrafo da sua crónica, referindo-se ao regresso de Marcelo Rebelo de Sousa à televisão, que ainda lhe hão-de explicar quais os motivos que levam a que uns sejam professores e outros, que também o são, não o sejam.
Importa mesmo reflectir sobre o que leva a que toda a gente se tenha habituado a chamar professor a Marcelo. É nessa reflexão que Prado Coelho falha, porque há mais no fenómeno do que a simples imposição do hábito pela televisão a que ele alude. Graças ao óbvio à-vontade de conversa, à boa aparência e à falta de relutância em fazer de pormenores da sua vida pequenas anedotas públicas (o número de livros que lê, o gosto pelas actividades desportivas, os sonos abreviados), Marcelo conseguiu criar uma personagem pública, que corresponde sem tirar nem pôr à figura do Professor, a presença tutelar e afável que a comunidade aceita para que lhe guie o pensamento. Ou seja, Marcelo é o professor, não simplesmente porque assim era chamado, mas porque foi naturalmente aceite enquanto tal pelos espectadores. Não deixa por isso de ser curioso que, nos seus tempos na Tvi, ele falasse na noite de Domingo, mesmo antes da semana nova começar, e um pouco em jeito de Homilia. Marcelo falava do país ao país, como o padre ao seu rebanho, dizendo o que estava mal e o que estava bem, ensinando o que dizer, o que pensar, o que ler, o que ver, como opinar.
É também por isso que Prado Coelho se engana quando, mais à frente na mesma crónica, indica como necessidade para o novo modelo de entrevista a Marcelo, na Rtp, que este se limite e que Ana Sousa Dias, a interlocutora, se afirme. Engana-se porque uma das condições do “teatro Marcelo” da Tvi era a mediocridade do interlocutor, que, como encarnava o espectador, apenas se podia permitir ligeiros comentários que mais não eram do que confissões de ignorância e de humildade perante a sapiência e argúcia do mestre. A necessidade que Prado Coelho revela não é partilhada pelo espectador que Marcelo teve até agora, pois esse quer apenas uma sumidade que desça ao seu nível para lhe explicar as coisas; ou seja, é uma necessidade de um espectador com os padrões de exigência de Prado Coelho. Mas não foi ao nível intelectual deste que o fenómeno Marcelo foi criado. Portanto, Marcelo, enquanto aquilo que foi, já está morto, porque a Rtp quer mudar, sem deixar de emular, o modelo anterior, mas não percebe que Marcelo não funciona quando posto a um nível de igualdade com outra pessoa, pois isso não é ser “o Professor”. Por outro lado, Ana Sousa Dias tem a entrevista no sangue e é uma especialista em deixar o entrevistado revelar-se, o que não resulta com Marcelo, pois ele não precisa que lhe digam para se revelar. Ou seja, este modelo é como ter uma pessoa que não deixa a outra falar porque lhe está sempre a pedir para falar, o que, convenhamos, não é bom.
Importa mesmo reflectir sobre o que leva a que toda a gente se tenha habituado a chamar professor a Marcelo. É nessa reflexão que Prado Coelho falha, porque há mais no fenómeno do que a simples imposição do hábito pela televisão a que ele alude. Graças ao óbvio à-vontade de conversa, à boa aparência e à falta de relutância em fazer de pormenores da sua vida pequenas anedotas públicas (o número de livros que lê, o gosto pelas actividades desportivas, os sonos abreviados), Marcelo conseguiu criar uma personagem pública, que corresponde sem tirar nem pôr à figura do Professor, a presença tutelar e afável que a comunidade aceita para que lhe guie o pensamento. Ou seja, Marcelo é o professor, não simplesmente porque assim era chamado, mas porque foi naturalmente aceite enquanto tal pelos espectadores. Não deixa por isso de ser curioso que, nos seus tempos na Tvi, ele falasse na noite de Domingo, mesmo antes da semana nova começar, e um pouco em jeito de Homilia. Marcelo falava do país ao país, como o padre ao seu rebanho, dizendo o que estava mal e o que estava bem, ensinando o que dizer, o que pensar, o que ler, o que ver, como opinar.
É também por isso que Prado Coelho se engana quando, mais à frente na mesma crónica, indica como necessidade para o novo modelo de entrevista a Marcelo, na Rtp, que este se limite e que Ana Sousa Dias, a interlocutora, se afirme. Engana-se porque uma das condições do “teatro Marcelo” da Tvi era a mediocridade do interlocutor, que, como encarnava o espectador, apenas se podia permitir ligeiros comentários que mais não eram do que confissões de ignorância e de humildade perante a sapiência e argúcia do mestre. A necessidade que Prado Coelho revela não é partilhada pelo espectador que Marcelo teve até agora, pois esse quer apenas uma sumidade que desça ao seu nível para lhe explicar as coisas; ou seja, é uma necessidade de um espectador com os padrões de exigência de Prado Coelho. Mas não foi ao nível intelectual deste que o fenómeno Marcelo foi criado. Portanto, Marcelo, enquanto aquilo que foi, já está morto, porque a Rtp quer mudar, sem deixar de emular, o modelo anterior, mas não percebe que Marcelo não funciona quando posto a um nível de igualdade com outra pessoa, pois isso não é ser “o Professor”. Por outro lado, Ana Sousa Dias tem a entrevista no sangue e é uma especialista em deixar o entrevistado revelar-se, o que não resulta com Marcelo, pois ele não precisa que lhe digam para se revelar. Ou seja, este modelo é como ter uma pessoa que não deixa a outra falar porque lhe está sempre a pedir para falar, o que, convenhamos, não é bom.
pa(y)per view
Serei o único a ter lido esta notícia no Público de Sábado? Serei o único a achar preocupante que o mais conceituado jornal de referência português passe a cobrar pelo acesso on-line à sua versão impressa? Serei o único a lembrar-se que o Público tem vindo a aumentar de preço com uma velocidade crescente, estando agora nos 0,85 cêntimos (ou seja, 170 escudos!) nos dias menos caros? E serei o único a tentar perceber as consequências desta medida na blogosfera futura?
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