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Les Triplettes de Belleville


Sem tempo para grandes desenvolvimentos (e, também, desenvolvimentos para quê?...). Apenas três coisas: esta senhora lembra-me a minha avó; este cão lembra-me o meu cão; esperem que os créditos finais acabem.

Lusitano

Fui ver Joel Xavier a Paredes de Coura. Não gostei do concerto por aí além, porque predominou a sensação de um grande instrumentista que se fascina em demasia com o seu próprio som, embora tenha havido momentos bons, aqueles em que Xavier escapava à melancolia e ajazzava e alatinava. Talvez seja um problema de personalidade: desde o blues até ao fado, o homem já tocou de tudo...

Mas é sempre bom rever um espaço que, no meio da desolação cultural do Alto Minho, tem conseguido manter uma programação coerente e muito satisfatória.
Caro Sérgio, não ouvi o Fórum Tsf, mas a verdade é que me custa muito considerar as chuvadas de 2000-2001 como causa natural impossível de prever para os responsáveis pela manutenção da ponte. Já não é a primeira decisão judicial que vejo utilizar a instabilidade desse Inverno como elemento desculpabilizante e - não me importo que interpretes isto como um novo arrebatamento político - cada vez mais me parece que este tipo de coisas apenas espelha um défice bastante assustador na consciência democrática do país. Como se houvesse a obrigação de zelar pelos equipamentos públicos apenas quando a meteorologia ajuda. Não, não poderemos existir como país enquanto subsistir o estigma de pendurar a boina na mão quando visitarmos as repartições públicas. As estruturas estatais existem para servir e é papel dos cidadãos exigirem-lhe esse serviço insistentemente, porque é esse o seu direito e porque a sua não prestação é um insulto a todos. Não duvido da seriedade profissional do juiz Nuno Melo - duvido dos valores de exigência à administração (e, por consequência, de exercício da cidadania) que subsistem em Portugal, dos corredores dos tribunais às bermas das cidades.

P.S: se aqui o tempo não avança, noutros lugares teima em voltar atrás.

Novos blogs

O blog pessoal de Meg Hourihan, co-fundadora da Pyra, a empresa por trás do Blogger. Muito simpático. E ainda Nick Denton, com uma visão artística, divertida e elaborada sobre... a pornografia.

Ontem à noite, finalmente e com um bloco para tirar apontamentos

BERNSTEIN talking softly from a relatively private phone in the newsroom. The voice of the lawyer is also whispered and scared to death.

LAWYER'S VOICE (O.S.)
(barely audible)
...You shouldn't ever call me like this, Carl...

BERNSTEIN
Will you confirm that Haldeman was mentioned by Sloan to the Grand Jury?

LAWYER'S VOICE (O.S.)
...I won't say anything about Haldeman... not ever...

BERNSTEIN
(desperate)
All right--listen--it's against the law if you talk about the Grand Jury, right? But you don't have to say a thing--I'll count to ten--if the story's wrong, hang up before I get there--if it's OK stay on the line till after, got it?

LAWYER (O.S.)
Hang up, right?

BERNSTEIN
Right, right--OK, counting: one, two--
(he inhales deeply)
--three, four, five, six--
(now he's starting to
get excited)
--seven, eight--
(inhales deeply)
--nine, ten, thank you.

LAWYER (O.S.)
You've got it straight now? Everything OK?

BERNSTEIN
(on a note of triumph)
Yeah!

Hoje

Petição inicial, a primeira. E mais projectos de escrita. Tout va bien.
Depois de uma semana de apetite voraz por imprensa, eis que não leio um jornal há três dias. Às vezes, é como se todas as notícias fossem velhas.
Apesar de nunca ser o mais importante, é engraçado pensar que este blog já foi assim.

Meanings Of Life

Entre Freud e Zaratustra, falei de poesia aos 8ºs anos de uma escola secundária da Figueira da Foz de manhã e trabalhei num processo de Direito do Trabalho à tarde. Não percebo porque sinto o dia tão mal gasto.
Quando Cavaco Silva foi eleito para a sua segunda legislatura, eu era um miudinho de 10 anos que conhecia a sua cara e a sua pose e a sua autoridade pela televisão e ficava impressionado com a respeitabilidade que o primeiro mandato lhe tinha granjeado. Fui ganhando consciência política durante o decurso do seu segundo mandato e vi progresso confundido com betão e alcatrão, estudantes, trabalhadores e manifestantes espancados por Psp's e o retorno do medo de uma polícia secreta que vigiava os passos dos cidadãos para daí retirar dividendos. Quando Cavaco saiu de cena, e antes de encher a boca com bolo-rei, Portugal, tal como a Espanha da última semana, estava numa posição económica porventura mais confortável (se bem que com 10% de desemprego, à boa maneira liberal), mas sentia-se estrangulado com medos. É por isso que nunca votarei em Cavaco para Presidente da República.

Homem?

Ontem, pela segunda vez, discutiu-se na Oficina de Poesia a importância da linguagem enquanto forma de acção, temática, claro, apenas implícita por baixo de uma con(tro)vers(i)a à volta da dúvida sobre a implicação ética de se escrever Homem enquanto sinónimo de Humanidade. Atenção, nunca se tratou aqui de defender a supremacia de um sexo sobre o outro no que toca à igualdade de direitos - ninguém defendeu essa estupidez. O que se discutia, sim, era a importância da linguagem enquanto modo de acção, ou seja, de ser activista. Coisas incontroversas: o poeta, que utiliza a linguagem como matéria, deve ter consciência do poder desta enquanto instrumento de mudança; o uso de "Homem" enquanto sinónimo de Humanidade vem de séculos e séculos de negação de um estatuto digno à Mulher, que a apagava da vida social e política e, como tal, a menção a ela no substantivo colectivo tinha pouca importância. Não se pretende, claro, que se faça uma legislação da linguagem com efeito imediato, mas sim que se encete uma atitude crítica na sua utilização de modo a apagar as suas dimensões discriminatórias ao nível individual e a provocar o seu questionamento ao nível colectivo.

Tudo isto está certo, muito certo. Mas ontem (e devo confessar que, aquando da primeira discussão deste assunto na semana passada, estava menos disposto a dar o braço a torcer) ouvia, concordava e, ainda assim, não conseguia deixar de pensar que as coisas se devem resolcver primeiro num outro nível. As lutas pela igualdade (as sufragistas, o movimento dos direitos cívicos nos Estados Unidos) bateram-se no plano político-social, com reinvindicação de direitos concretos que faltavam aos discriminados. Ora, eu ouvia a discussão e custava-me reconhecer tanta urgência a este uso das palavras como à mudança dos costumes que, parece-me, acaba por ser a dimensão mais nefasta do problema. E apesar de tudo, eu sei que há quem se sinta eticamente em causa com estas palavras e consigo compreender a posição de quem diz que a linguagem está o mesmo nível de actuação que tudo o resto, que não há hierarquias de acção. E ainda assim, custa-me compreender. Alguém se quer pronunciar?

P.s. Não se trata de avaliar da qualidade poética de um autor, mas sim da definição de um modo de actuação para um autor eticamente envolvido

3 comentários atrasados e um ainda a tempo

- (lembrado pelo comentário semanal de Pacheco Pereira ao Jornal da Sic) O deputado Miguel Paiva, do Cds-Pp, expressou a relutância do seu partido em integrar os casos de mutilação genital feminina no art. 144º do Código Penal e a consequente iniciativa legislativa da bancada parlamentar para uma criminalização específica de tal prática baseado no raciocínio de que a importância do clitóris é "algo subjectiva", tendo ele uma função essencial no prazer sexual, mas "para além disso a sua mutilação não afecta nenhuma função vital", nomeadamente "a função reprodutiva". Resume-se a questão a saber se o clitóris pode ser considerado "importante órgão ou membro" e a sua relevância sexual não é, para o Pp, suficiente.
Esqueçamos o "importante". Mesmo que o clitóris possa não ser considerado um "órgão ou membro", parece-me que uma intervenção legislativa é excessiva para algo que se poderia resolver ao nível judicial através de uma extensão pouco arriscada. Pergunto-me, por exemplo, se o deputado se lembrou dos mamilos masculinos. É que são eles, e não o pénis, a parte mais erógena da anatomia masculina, com uma função estritamente sexual: não servem para mais nada que não seja endurecer em resposta ao estímulo sexual. Ora, perguntaria se, imaginando-se o sr. deputado sem camisa e com dois círculos dolorosos e sangrantes no peito, hesitaria em chamar-lhes "importante órgão ou membro".

- O livro de Rebecca Blood, "The Weblog Handbook", foi publicado em Portugal (já há umas semanitas, pelo que vejo: confiei demais numa notícia lida no suplemento Computadores do Público aqui há uns tempos). Conheço bem o site da senhora. Recomendo vivamente.

- A população de Madrid deu ontem um exemplo tutelar de espírito cívico com as manifestações espontâneas à frente da sede do PP de Aznar e Rajoy na Calle Génova. Ilegais, com os peitos negros dos polícias em cima, mas cheias de um quase comovente sentido do justo e de exercício da cidadania.
Urgentíssimo acompanhar a informação deste blog sobre os desenvolvimentos no caso espanhol.

A partir desta interessante entrevista a David Hockney, o Guardian deduziu um debate que já suscitou reacções sobre a posição da fotografia na era da manipulação.
A Tvi falava sobre a relação das portuguesas com as cirurgias de formatação do peito e, vai daí, um cirurgião plástico diz que é normal que hoje em dia se queira aumentar a mama, "porque hoje usa-se a mama grande". Usa-se, bem visto; muita teologia se poderia escrever sobre a frase. Mas muda-se para a Rtp1: uma concorrente confrontada com o significado da sigla "CR" no pós-25 de Abril de 1974 hesita entre Conselho da Revolução e Conselho Revolucionário, o apresentador não sabe se se pode chamar "revolução" ao golpe do Mfa, a concorrente ri-se e diz que, pior do que ter estudado aquilo na escola e não se lembrar, é mesmo não se lembrar se estudou ou não.

O que se passa com Portugal, caralho?

"Lost in Translation"

Apenas uma breve reflexão: "O Amor é um Lugar Estranho", título em português de Portugal (porque em português do Brasil é, muito bergmaniamente, "Encontros e Desencontros"), é um título ligeiramente ao lado do que o filme fala, ou melhor, que quer assumir algo que o filme nunca assume, porque não é isso que lhe interessa. Assiste-se a um ritual de aproximação entre duas pessoas (a que não seria tresloucado ligar a vontade de criar contacto com as manas Lisbon dos adolescentes de "The Virgin Suicides") que nunca se quer como amor. O filme inventa um lugar que não é exclusivo do corpo ou do sentimento, e por isso Tóquio, ou a condição para o ser estrangeiro, surge como lógico. E recordou-me muito "My Fair Lady", ou seja, interessa mesmo saber se Eliza e Higgins se tornam casal romântico?

Os acontecimentos recentes em Espanha lembram-me a mobilização sentimental com o assassínio de Miguel Ángel Blanco em 1997 e fazem-me temer pela vulgarização pimba (terrível em Espanha, muito pior do que em Portugal), que foi bem visível com a maré negra do Prestige. Não faz ideia quem não vê televisão espanhola e galega das situações em que a frase Nunca Más foi usada para arrancar aplausos. Quanto ao futuro, não adianta exagerar o temor a um perigo que já se devia saber presente. Mas se alguém a quem eu tenha carinho morrer alguma vez porque o meu Governo tomou outrora uma posição belicista e subserviente, e independentemente de a culpa ser de quem mata, eu tomarei para mim o direito egoísta, irrazoável e antidemocrático de declarar incompatibilidade de diálogo com o Psd e o Pp durante o tempo que me apetecer.


RETÓRICA

Cantan los pájaros, cantan
sin saber lo que cantan:
todo su entendimiento es su garganta.

"Anything Else" (für Raúl)


A minha história com o Woody Allen é a de só ter visto o meu filme preferido dele – "Stardust Memories" – uma vez, porque perdi a cassete onde o tinha gravado. Ainda assim, é curioso como, no curso de filmes anuais a que o homem nos habituou, os momentos de génio pontuam também com regularidade depois de filmes medianos (experiências, talvez). Assim, se "Vigaristas de Bairro" ou "A Maldição do Escorpião de Jade" não foram das suas coisas mais inspiradas, "Holywood Ending" já mostrava uma melhoria de forma que, parece-me, desemboca neste "Anything Else", um claro avanço na maneira como se deve compreender a concepção da auto-representação da figura de Allen como elemento fundamental da sua filmografia. Por outras palavras, em "Anything Else" Allen baralha as cartas como não fazia desde "Deconstructing Harry", complicando cada vez mais o jogo de espelhos entre a sua persona e o verdadeiro Allen e introduzindo-lhe as noções de idade e de sageza.

Jason Biggs (que, não sendo um Laurence Olivier, não deixa de ser mais um claro exemplo de que a qualidade dos actores e a dos projectos em que acabam por ser reconhecidos são coisas completamente diferentes) é, para todos os efeitos, um jovem Woody Allen que ouve, questiona e interroga aquilo que o velho Allen lhe diz. O Allen velho do agora ressuscita o novo Allen que deixou no passado – não deixa de ser curioso que ambas as personagens sejam escritores de comédia, ainda por cima depois do afamado regresso de Allen ao tom cómico dos primeiros filmes que se disse haver n’ "A Maldição..." e "Vigaristas...". Parafraseando Gena Rowlands em "Opening Night", se a idade importa que a nossa segunda pessoa deixe de esperar e tome o lugar da primeira que deixamos de ser, Biggs será neste filme o primeiro homem de que o actual Allen é o segundo. Ora, qual deles é mais personagem = qual deles é mais representação = qual deles fica mais perto daquilo que Allen fez de si mesmo nos filmes ou do que Allen é na realidade? A encenação desse diálogo entre dois "eus" separados por uma vida faz de "Anything Else" uma das obras mais extraordinariamente íntimas dos últimos tempos e, mesmo que isso implique haver sempre alguém que pejorativamente aponte o dedo e diga "Narciso!", não afasta os diálogos com piada. Allen conseguiu fazer do seu cinema lugar de reflexão sobre as velhas questões fundamentais (o ser, a passagem do tempo, o amor) sem abdicar da comunicação. É esse... esse classicismo de atitude que me fascina no cinema de inspiração americana e que nem sempre me fascina no de inspiração europeia (sendo que isto na verdade são coisas que não existem, pois o cinema americano foi construído pelos europeus na América que, por sua vez, inspiraram os europeus da Europa e assim por diante) - o não se esquecerem da noção de movie, de good movie, que não tem de ser um escravo dos gostos, mas que não esquece a sua vocação finalística (que se cumpre) na sala de cinema.

Duas coisas a apontar: é chato (embora talvez seja inevitável, pelo modo como os papéis são escritos ou como o próprio realizador Allen os quer representados) que Jason Biggs, tal como Kenneth Branagh em "Celebrity", não consiga evitar, com marcação variável, os maneirismos do actor Allen; gostaria de ter visto Allen e Danny de Vito a contracenar durante mais tempo. Tirando isto, "Anything Else" é pura obra-prima.

Meanings of life

Vi o homem de muleta e bigode (aliás, tinha ajudado há horas uma velhota a apanhar a muleta caída), vi a loja grande da praxe em processo de montagem, vi a rapariga que pensei que conhecia, abri a cara, mas afinal não conhecia e ela virou a dela. A chuva aborrece-me, e os processos sobre contratos-promessa e embargos de terceiro também.

"Opening Night"

Estava a escrever um texto enorme sobre o "Faces", o redireccionamento artístico, o que é importante e não para o nosso percurso enquanto espectadores, mas qualquer coisa aconteceu na Internet e o texto foi ao ar. Não interessa. Ontem vi o "Opening Night" do John Cassavettes no TAGV. A cópia era má, o som estava terrível, os intervalos a interromperem eram irritantes. O filme era belíssimo. Alguma coisa se abriu (como com o "Faces", ou "O Desprezo", ou a "Mary Poppins", ou o "Yellow Submarine", ou o "Uma Abelha na Chuva"). Cada um saberá que autores é que gosta de ver assim, por acaso, sem ir à procura deles e esperando que eles apareçam e se inscrevam na maré da vida. Para mim, como Camus, Cassavettes é um deles.

“Something's Gotta Give”

“Something's Gotta Give”, com Jack Nicholson e Diane Keaton (nomeada para o Óscar de Melhor Actriz Secundária, mesmo que isso não queira dizer muito sobre nada), é uma comédia romântica feita segundo o gosto corrente para comédias românticas e, por isso, não traz nada de novo. Digamos que é como uma canção cantada pelo, há uns anos na moda, neo-crooner mexicano Luís Miguel: um standard, cujas letra e música já conhecemos de cor e salteado, muito bem cantadinho, mas sem garra. Admito, há alguma variação sobre o tema, mas, oitava acima, oitava abaixo, não deixamos de estar sempre na mesma escala. Aquele final sacado a ferros, então, é detestável (“ele percebeu que eu ainda estava apaixonada por ti”??????).

Quais são os melhores momentos do filme? A notória auto-paródia de Nicholson e Keaton. Aquele homem é o mesmo de “Easy Rider” (duas lembranças em dois dias: talvez seja altura de rever...) e a lenda sexual da Hollywood dos anos 70 e 80? Sim, mas também é o das “Confissões de Schmidt”. E raios me partam se o marido final da filha de Keaton não tem algo do Woody Allen com quem a actriz teve um caso de anos e anos – o mesmo Woody Allen que gosta de mulheres mais novas na mesma história sobre o namorado da filha que passa para a mãe (porque não o namorado da mãe passar para a filha, portanto?). Por fim, Keanu Reeves como o actor secundário que nunca devia ter deixado de ser. Bom para finais de dias cansativos e noites preguiçosas de fim-de-semana.

Se, como li algures, "A Hard Day's Night" é o "Citizen Kane" dos jukebox movies, "Baby Snakes" equivale ao cruzamento entre "Easy Rider" e "Os Dez Mandamentos".

caderno vermelho

Ainda ontem.
Num jantar, um amigo com quem nunca tinha falado de coisas como física quântica e que, como eu, não é obrigado a saber de tal, disse Nande, tenho algo para te explicar ao que eu respondi Por acaso tem a ver com o princípio da incerteza de Werner Heisenberg como quem só quer divertir a conversa, mas ele respondeu Tem. Merda e às gargalhadas seguiu-se um pasmo algo sério sobre as probabilidades de esta troca de palavras acontecer.

Recortes do "Público"

Hoje isto fez-me pensar sobre felicidade e liberdade de expressão




e ontem isto fez-me pensar, ponto.


Foi um bom despertador seduzir alunos das escolas secundárias para os cursos do Departamento de Estudos Anglo-Americanos (como membro da Oficina de Poesia) depois de uma noite a ver os Óscares. A cerimónia da madrugada não teve excitação; a meio, já se adivinhava que O Senhor dos Anéis "limpasse" (segundo a feliz expressão de Spielberg) a concorrência. Não estava à espera de outra coisa e aceito mais facilmente as 11 estatuetas do filme de Peter Jackson do que o Óscar de Melhor Filme que "Gladiador" venceu no mesmo ano em que se fez "Magnolia". No entanto, foi um pouco triste ver Jackson a vestir a toga de apóstolo Pedro e a renegar os "Meet The Feebles" do passado no seu discurso de agradecimento final, tal como o foi a descoberta da artificialidade da personagem Michael Moore no mini-filme da introdução.

e o reconhecimento que se vai impondo dos Óscares como cerimónia certinha feita para a televisão. Qualquer dia, passamos a tê-los como programa semanal, com a entrega de uma estatueta a cada programa; depois, até se podia comprar o formato para Portugal e termos os Óscares portugueses apresentados pela Merche Romero e com interlúdios musicais pelo Toy e afins, que tal?
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