Eu acredito no YouTube, porque o YouTube é o mais parecido que há com uma mostra permanente e mundial da imagem em movimento. Portanto, com uma memória visual universal. Duvidam? Há tempos, tive de estar uma hora no Google até encontrar o genérico do Bocas. Hoje, bastou-me um ou dois minutos para dar com a primeira e segunda partes de um episódio.
o livro
Pessoalmente, o culto à volta de Robert McKee e do seu Story sempre me irritou um pouco. Não gosto de gurus, muito menos de charlatães. A Creative Screenwriting tem as páginas pejadas de anúncios de tipos que sabem "mesmo aquilo" que um argumento precisa para ser comprado por milhões e milhões de dólares. Ao fim e ao cabo, é uma lotaria: "já aconteceu, porque não me pode acontecer a mim"?
Por isso, até chegar à leitura de Story, foi preciso vir o Adaptation, que me pôs a pensar. Teria de haver alguma coisa que levasse o turvo Charlie Kaufman a meter o próprio McKee como personagem (aliás, numa grande interpretação de Brian Cox). E era verdade: não há um pingo de charlatanice no livro, que se aguenta na leitura como uma obra simultaneamente prática e de referência. Simpatiza-se com McKee logo quando diz que "Story é sobre arquétipos, não estereótipos", distinguindo-se assim de correntes mais à Syd Field (o grande teórico do guião convencional da actual Hollywood: tipo, primeiro plot point tem de acontecer na página 27 e coisas do género). McKee orienta e não estrangula, fazendo uso de um grande leque de referências culturais (de Aristóteles a Seven) e listando uma série de conceitos-chave que convém ter presentes aquando da construção prática da narrativa.
Story, no que me toca, tem-me ajudado a concentrar com maior eficácia no conflito, levando-me a pensar em aspectos diferentes das personagens para além do jogo de espelhos e da referência sintática. No fundo, permite-me libertá-las sem que me fujam. A estrutura fica mais centrada nelas, mas McKee põe a ideia de conflito a servir a progressão narrativa na forma de insatisfação (intervalo objectivos-sucessos), o que ajuda o interesse e garante ritmo.
Portanto, forma narrativa, sim, mas sem preconceitos. McKee tem-me convencido. Quando chegar ao fim do livro, logo digo se o conseguiu sem reservas.
Por isso, até chegar à leitura de Story, foi preciso vir o Adaptation, que me pôs a pensar. Teria de haver alguma coisa que levasse o turvo Charlie Kaufman a meter o próprio McKee como personagem (aliás, numa grande interpretação de Brian Cox). E era verdade: não há um pingo de charlatanice no livro, que se aguenta na leitura como uma obra simultaneamente prática e de referência. Simpatiza-se com McKee logo quando diz que "Story é sobre arquétipos, não estereótipos", distinguindo-se assim de correntes mais à Syd Field (o grande teórico do guião convencional da actual Hollywood: tipo, primeiro plot point tem de acontecer na página 27 e coisas do género). McKee orienta e não estrangula, fazendo uso de um grande leque de referências culturais (de Aristóteles a Seven) e listando uma série de conceitos-chave que convém ter presentes aquando da construção prática da narrativa.
Story, no que me toca, tem-me ajudado a concentrar com maior eficácia no conflito, levando-me a pensar em aspectos diferentes das personagens para além do jogo de espelhos e da referência sintática. No fundo, permite-me libertá-las sem que me fujam. A estrutura fica mais centrada nelas, mas McKee põe a ideia de conflito a servir a progressão narrativa na forma de insatisfação (intervalo objectivos-sucessos), o que ajuda o interesse e garante ritmo.
Portanto, forma narrativa, sim, mas sem preconceitos. McKee tem-me convencido. Quando chegar ao fim do livro, logo digo se o conseguiu sem reservas.
a visita
O mais comum para quem vai olhando para o Sitemeter de vez em quando, e principalmente se alguma vez escreveu um texto em que a linguagem se exalta um pouco mais, é receber visitas que encontraram o blog quando procuravam sexo num motor de busca. Isso é banal. Agora, há algo de pungente quando a visita procurou "mulheres que queira foder". Reparem que não são as mulheres que devem querer foder: este indivíduo não procura uma louva-a-deus ninfomaníaca, a sua demanda é bem mais pessoal. Ele quer que o Google o leve até mulheres que ele próprio queira foder. É comovedora, esta confiança cega no critério de um motor de busca. Ou, então, esta pessoa está tão só que até já se perdeu da vontade.
o filme
Ontem, deu-me uma vontade súbita de ver um filme mau. Assim, vi o Shaolin Soccer. Para meu gáudio, o filme era realmente mau. Não esperava era que fosse tão consciente do seu próprio dispositivo que ascendesse à categoria de "trash". Hora e meia bem divertida e, principalmente, uma boa compreensão do uso dos efeitos digitais: no filme, a intenção não é copiar a realidade, mas ser deliberadamente conspícuo e exagerado. O Super-Homem podia aprender aqui.
"morangos com açúcar" pensar 9
Esta semana, A Peste, blog pessoal e modesto que em dias bons tem 100 visitas, teve uma média de 260 visitas (371 page views) por dia. Na quarta-feira, elas chegaram mesmo às 550 (700 page views). A razão: na segunda-feira, a Tvi estreou o quarto ano de Morangos com Açúcar. Como há mais de um ano escrevi um post de título "Morangos com Açúcar" Pensar 4 (quarto numa linha de reflexões sobre a série), este blog aparece em terceiro lugar nas buscas no Google por "morangos com açúcar 4".
Isto é interessante, pois, não só dá a entender como funcionam as audiências na Internet, como também traz hóspedes que normalmente não vêm cá. A manifestação mais recente é a de um anónimo que diz o seguinte:
Resta só uma questão: a fé nos Morangos é mais da alma ou mais do corpo? Se fosse o Rui, o Bruno, o Luís ou o Carlos, prestaria muita atenção a isto. Ao que parece, as questões de fé não se jogam todas no mesmo tabuleiro.
Isto é interessante, pois, não só dá a entender como funcionam as audiências na Internet, como também traz hóspedes que normalmente não vêm cá. A manifestação mais recente é a de um anónimo que diz o seguinte:
fdx n gostas... n vejas nem komentes pk toda a gente e livre de ver o k kiser... e tu?!? preferes a floribela é?? curtes mais de ver akeles vestidos bue pirosos?!? força ai!Ora, eu acho que o comentário, na sua rude genuinidade (a linhagem bukowskiana não acabará tão cedo), revela uma complexidade intelectual extrema. Reparem na sugestão - ética e, obviamente, também política - de todo um sistema axiológico: a "gente e livre de ver o k kiser", mas quem "n gosta" não deve "komentar". Ou seja, a liberdade positiva de escolha, se tiver um desagrado como consequência, não deve corresponder a uma liberdade positiva de expressão. O espectador, ser passivo, é livre de escolher a forma e conteúdo do espectáculo ao qual se vai submeter, mas a reacção a essa sujeição (o momento em que a passividade progride para a actividade) deve ser vivido em silêncio e maturado no recanto da consciência individual, como um pecado. Os Cruzados dos Morangos com Açúcar, portanto, sobrevivem à sombra de uma ideologia simultaneamente religiosa, de laivos judaico-cristão, e mercantilista: a sua luta tanto expia uma culpa como compra um Paraíso, um do qual foram eliminados os vestidos "bue pirosos" da "floribela". Por outro lado, no seio desta visão maniqueísta, subsiste um solipsismo interessante: o "força ai" tem o subtexto de "eu estou no lugar certo; se queres persistir no teu erro, fá-lo, mas não te darei a mão quando estiveres a resvalar para o Inferno". A liberdade, definitivamente, não se junta aqui à fraternidade.
Resta só uma questão: a fé nos Morangos é mais da alma ou mais do corpo? Se fosse o Rui, o Bruno, o Luís ou o Carlos, prestaria muita atenção a isto. Ao que parece, as questões de fé não se jogam todas no mesmo tabuleiro.
o sol
Já que menciono a Única, aproveito para dizer que é notória a transferência para o Sol do peso mais enervante que havia no Expresso: a insistência nos artigos sobre as pessoas válidas, confundindo-se a meritocracia com a aristocracia, a determinação com a aparência, o sucesso com a ascendência, a honradez com a riqueza, a conquista com a herança. Esta linha perdura no Expresso, atenção, mas parece mais diluída. Em comparação, o Sol, que, por enquanto, é um novo jornal velho, ainda pressupõe esta espécie de pirâmide moral caduca. Esperemos o futuro.
a floribela
Depois deste post do Luiz Carvalho, fiquei curioso: teria já a casta Luciana Abreu, vulgo Floribela, sucumbido à irredutibilidade da mama ao léu? A sessão fotográfica da Única (que já não o é, porque agora há Tabu) demonstrou que, afinal, o caminho foi diferente. Luciana Abreu não aparecerá na capa de revistas em bikini, porque pode aparecer mulher fatal no Expresso. Bom passo, boa gestão de carreira. O caminho agora é outro: quando destruirá Luciana, no contexto artístico, a sua persona, ou seja, quando deixará de ser santa para passar a ser mulher? Sinceramente, uma Flori-Eva é muito mais interessante do que uma Floribela. Toda a gente prefere uma menina má.
os vizinhos
Há poucas horas, a minha avó, munida de um jeito miraculoso para falar de modo simples, disse "não há guerra que seja santa". Sábias palavras: Norman McLaren também o devia saber.
a carta
Agora quanto à frasezinha... quererão mesmo que lhes envie outras obras?Há dias, recebi uma carta da mesma editora com rigorosamente as mesmas palavras que estavam na carta para a Ágata. Quererá dizer alguma coisa? Continuar, parece-me, é sempre a solução.
Hipóteses.
Não: talvez seja uma frase simpática, de circunstância, peculiar à Oficina do Livro.
Ou.
Sim: porque talvez gostem da minha escrita, mas pensem que a obra não fosse vender nada e talvez a próxima seja destituída do handicap “low profit” (ou “no profit”).
o blog
A partir da indicação do Nuno Guerreiro Josué, cheguei ao História das Palavras, o fascinante blog de Inácio Steinhardt. Aqui fica um excerto:
A pergunta que se põe geralmente é por que razão o bicho tem nome de país, mas varia de país, de língua para língua.
Em português é peru, em inglês turkey , em francês dinde (coq d'Inde), em polaco e em Yidish, indik, e noutras línguas tem outros nomes, sobre cujas etimologias ainda me não debrucei.
Pois a pátria do peru é o território hoje designado por México, e foram os astecas os primeiros a domesticá-lo. Como ave selvagem existia também nos territórios dos Estados Unidos de hoje.
Deveria então chamar-se "galo do México"? Mas não, nem os mexicanos o chamam assim. No México é "guajolote", um termo da língua nativa azteca, que significava "grande monstro". A atribuição desse horrível atributo ao pacífico "glu-glu" tem origem numa antiga lenda local, que não vem agora para o caso.
No Peru (país) é que ele não existia, nos princípios da colonização.
Mas para nós, portugueses, naquela altura tudo quanto fosse território espanhol nas Américas era Peru.
E dai, quando os espanhóis trouxeram a ave para Espanha, e lhe chamaram "pavo", ou seja "pavão" (que eles distinguiam chamando a este último "pavo real"), demos-lhe o nome de "galinha do Peru" ou "galo do Peru".
os red hot chili peppers
Os Red Hot Chili Peppers são uma das bandas que não fui deixando de ouvir ao longo dos tempos (se bem que não tenha ouvido tudo, nem nada que se pareça - sou assim, demoro anos enquanto vou tirando as peles às coisas). Há uma razão geracional: a minha década de adolescência e primeira juventude, a década que me informou uma concepção do mundo, foi a de 90 e eu acho que os Peppers passaram por ela da mesma maneira. Da esperança inicial (queda do Muro, fim da Guerra Fria), fomos levando coça (Iraque, Jugoslávia, terrorismo, Terceira Via, fim da História, X-Files e conspirações, filmes-catástrofe) até aterrarmos no novo século em confusão total.
Assim, se em "Suck My Kiss" ("Blood Sugar Sex Magik", 1991), Anthony Kiedis cantava a recusa do social face à circunstância de se bastar a si próprio (I am what I am, most motherfuckers don't give a damn), precisando apenas de alguém com quem partilhar o sexo ("Aw baby, think you can? Be my girl, I'll be your man. (...) Aw, baby, please be there, suck my kiss, cut me my share"), em "Californication" ("Californication", 1999) a desilusão com o mundo exterior já é tão grande que já nem mesmo o sonho é incorrupto ("Psychic spies from China try to steal your mind's elation, little girls from Sweden dream of silver screen quotations, and if you want these kind of dreams it's Californication"). Ou seja, o espaço do eu, que era de escape, também passa a estar contaminado pelo artifício e pela impureza - passa a ser parte do problema, em vez de sê-lo da solução. A rebeldia e a chama de 1991 (Hit me, you can't hurt me, suck my kiss! Kiss me, please, pervert me, stick with this! Is she talking dirty? Give to me sweet sacred bliss, your mouth was made to suck my kiss!) é melancolia e absoluta falta de esperança em 1999 ("Marry me girl, be my fairy to the world, be my very own constellation. A teenage bride with a baby inside getting high on information. And buy me a star on the boulevard, it's Californication") . E Kiedis, que em 1991 era ser do presente, assume-se como definitivo ser do passado quando se dirige a Kurt Cobain ("Space may be the final frontier, but it's made in a Hollywood basement. Cobain, can you hear the spheres singing songs off station to station? And Alderon's not far away, it's Californication").
Tenho ouvido estas duas músicas bastante. Recordo-me de, quando tinha uma banda de garagem, querermos imitar o som de testosterona dos Peppers. Recordo-me de, no intervalo de locubrações universitárias, ver o vídeo de Californication, um jogo de computador que terminava com o encontro entre os elementos da banda, a sorrirem, como que dizendo "conseguimos, estamos cá". E penso em vê-los, conscientes e alegres caricaturas deles próprios , a tocarem "Dani California" nos ecrãs do Metro de Lisboa. Na verdade, muito mudou.
Assim, se em "Suck My Kiss" ("Blood Sugar Sex Magik", 1991), Anthony Kiedis cantava a recusa do social face à circunstância de se bastar a si próprio (I am what I am, most motherfuckers don't give a damn), precisando apenas de alguém com quem partilhar o sexo ("Aw baby, think you can? Be my girl, I'll be your man. (...) Aw, baby, please be there, suck my kiss, cut me my share"), em "Californication" ("Californication", 1999) a desilusão com o mundo exterior já é tão grande que já nem mesmo o sonho é incorrupto ("Psychic spies from China try to steal your mind's elation, little girls from Sweden dream of silver screen quotations, and if you want these kind of dreams it's Californication"). Ou seja, o espaço do eu, que era de escape, também passa a estar contaminado pelo artifício e pela impureza - passa a ser parte do problema, em vez de sê-lo da solução. A rebeldia e a chama de 1991 (Hit me, you can't hurt me, suck my kiss! Kiss me, please, pervert me, stick with this! Is she talking dirty? Give to me sweet sacred bliss, your mouth was made to suck my kiss!) é melancolia e absoluta falta de esperança em 1999 ("Marry me girl, be my fairy to the world, be my very own constellation. A teenage bride with a baby inside getting high on information. And buy me a star on the boulevard, it's Californication") . E Kiedis, que em 1991 era ser do presente, assume-se como definitivo ser do passado quando se dirige a Kurt Cobain ("Space may be the final frontier, but it's made in a Hollywood basement. Cobain, can you hear the spheres singing songs off station to station? And Alderon's not far away, it's Californication").
Tenho ouvido estas duas músicas bastante. Recordo-me de, quando tinha uma banda de garagem, querermos imitar o som de testosterona dos Peppers. Recordo-me de, no intervalo de locubrações universitárias, ver o vídeo de Californication, um jogo de computador que terminava com o encontro entre os elementos da banda, a sorrirem, como que dizendo "conseguimos, estamos cá". E penso em vê-los, conscientes e alegres caricaturas deles próprios , a tocarem "Dani California" nos ecrãs do Metro de Lisboa. Na verdade, muito mudou.
o programa
Inscrevi-me no Amazon Associates Program, o que significa que qualquer compra que façam de produtos Amazon a partir de links neste blog reverterá numa pequena comissão para o seu autor. Por agora, deixo-vos com Indecent Exposure, de Tom Sharpe, que, provavelmente, tem o humor mais negro do que o fumo do Inferno. O que noutros é piada, em Sharpe é desprezo - e, engraçado, uma automática esperança - pela condição humana. E fiquem com isto:
Thoughout the night rumours that Piemburg had been invaded by hordes of self-detonating ostriches spread like wildfire. So did the ostriches. A particularly tragic incident occurred at the offices of the Zululand Wildlife Preservation Society where an ostrich which had been brought in by a bird-lover exploded while being examined by the society's vet.
"I think it's got some sort of gastric disorder", the man explained. The vet listened to the bird's crop with his stethoscope before making his diagnosis.
"Heartburn", he said with a finality that was entirely confirmed by the detonation that followed.
"morangos com açúcar" pensar 8
Só para que fique claro, eu não tenho nada contra os Morangos com Açúcar em si mesmos. Como disse, acho-os um divertimento inane, um entretenimento sem grandes ambições para além de si próprios. Eu não gosto é que se definam hierarquias de autoridade e não me agradam apelos ao conformismo e à superficialidade, principalmente de quem, pela lógica, estaria a empenhar-se em ser ele próprio. Há gente para tudo e, sublinho, não tenho nada de especial contra a série - mas irrita-me que não se saiba pôr as coisas no lugar. Os Morangos são pastilha elástica, raio. Não há mal em mastigá-la, mas não queiramos fazer dela caviar...
"morangos com açúcar" pensar 7
(...)A mojita não se identifica para além do nickname no comentário que fez a um post antigo. A primeira pergunta que me surgiu foi: merecem os Morangos com Açúcar uma defesa moral? Mas depois pensei: há algo errado. Eu, que não sou de maneira nenhuma uma pessoa velha e que ainda tenho a adolescência ali ao lado, fiquei estupefacto com a vontade para o conformismo que emana das palavras desta rapariga. Como pode ela achar que "a introdução de uma modalidade desportiva" é uma surpresa numa narrativa? E, foda-se, viesse alguém espetar-me uma merda que me incentivasse a "uma forma de vida saudável e irreverente" quando eu tinha quinze anos e ia para casa de carrinho! Os problemas que atingem a juventude não são a droga, a gravidez na adolescência e a marginalidade. São as "mojitas" que vêm alardear o seu pensar igual, que falam por todos quando não deviam falar por ninguém, incluindo elas próprias. Tu, mojita, podes ter bocejado uma opinião enquanto te escondias por detrás de um nome, mas eu não preciso de te descobrir para saber quem és. Conheci várias como tu. A algumas, a infecção do pensamento vinha-lhes da catequese, a outras vinha-lhes da Globo, mas ia tudo dar ao mesmo - e o mesmo foi quase invariavelmente casar cedo, emprenhar mais cedo ainda e tentar encontrar a felicidade no sorriso a um marido cervejófilo. Os Morangos com Açúcar, esse divertimento inane de fim de tarde, são a tua missa Maná. O teu comentário faz tanto sentido como uma Jihad pela pastilha elástica. Os Morangos com Açúcar são uma patetice, não querem ser mais do que isso, e eu só não digo que a juventude está perdida porque sei que não falas por ela. A tua mente quer aprender o Bem e o Mal em anúncios publicitários e aplicar-se em escolher acertadamente quem deve contentar. És uma história antiga, mojita, vista, revista e sem interesse. E o pior é que os Morangos com Açúcar têm bem menos a ver com isso do que julgas.
assim como a repetitividade das histórias se repete (juntamente com as meninas despidas), também existe o factor surpresa k os autores introduzem em cada episódio, seja ele uma nova modalidade desportiva a ser adoptada pelos adolescentes, seja a conscializaçao pa algum dos problemas k atinge a juventude (droga, gravidez na adolescencia, marginalidade), e lhes tenta incentivar a uma forma de vida saudável e irreverente
(...)
também há que compreender que são estas séries que os jovens vêem assiduamente k podem fazer alguma diferença nas suas mentes tão facilmente influenciáveis, é aqui k esta série é enriquecedora além de muitas vezes prender os jovens ao ecrã.., com a sua influencia mais k grande tenta mudar a mente de muitos jovens k diariamente observam.
os jovens criadores 2
Como prometido, deixo aqui a primeira parte do texto "o escritor, o anjo das tetas grandes, a cara de quarenta anos atrás e o bebé caído".
as imagens
Espanta a rapidez com que as starlettes das novas ficções portuguesas são mastigadas e cuspidas. Passa-se por um quiosque, vê-se as capas e pensa-se: quanto tempo mais até que Luciana Abreu apareça também em bikini? Por outro lado, já que falamos em imagens, não me esqueci que, no novo Sol, Margarida Rebelo Pinto mostra a perna ao lado da sua crónica sobre sexo. Pergunto-me se a coisa não seria mais eficaz mostrando o sexo ao lado de uma crónica sobre pernas. Pelo menos, estaria mais "au courant".
o volver
Concordo com o Manuel Jorge Marmelo em tudo aquilo que aponta ao último Almodóvar. Mas faço um acrescento pessoal: o momento do filme em que o meu sorriso surgiu em maior repente foi na cena em que se comenta o peito de Penélope Cruz, aliás, Raimunda, aliás, Penélope Cruz. É precisamente esse entendimento da própria actriz enquanto ícone cultural e personagem construída - num piscar de olho ao também abordado sensacionalismo - que me agrada, e já não foi a primeira vez que vi Almodóvar obcecado com os seios de uma actriz enquanto objecto de significação. No cimo, estará sempre o olhar de Godard sobre a Bardot d' "O Desprezo", mas ainda foi essa reflexão subtextual sobre o ente "Penélope" que mais alimentou o filme.
os jovens criadores
A quem ainda não sabe: este ano, volto a ser Jovem Criador. Vão passando por aqui, conto ir postando o texto nos próximos tempos. Chama-se "o escritor, o anjo das tetas grandes, a cara de quarenta anos atrás e o bebé caído".
os Estores
PUBLICIDADE (ver)
A Guaranteed Blinds vende estores. Discorramos: "estores" em inglês é palavra homónima de "cegos" ("blinds"), o que é deveras estranho, já que não há cego que, sendo-o, possa ver estores, seus ou de outrem.
Por outro lado, "estores" é homófono de "stores", palavra inglesa para "lojas". Ora, se a Guaranteed Blinds é uma loja de estores e levarmos as homo-coisas ao limite, podemos dizer que é também uma estore de lojas, uma estore de estores ou até um estore, ou loja, de cegos.
Por outro lado, os "estores" são também "venezianas", porque existiram em Veneza, ou "persianas", porque vieram da Pérsia. O curioso é que a Pérsia é o actual Irão. E eu pergunto: será que a invenção da persiana não fez parte de uma conspiração histórica que tem o seu fim aqui e hoje, nos dias em que um estore corrido permite afastar um enriquecimento de urânio de olhares curiosos? Talvez seja extrapolar demasiado. Por outro lado, reparem que a Guaranteed Blinds vende uma variedade chamada Roman. E não é tão curioso que, quer Veneza, quer Roma, sejam cidades do país que chefia a intervenção da ONU no Líbano?
É possível ver esta loja como mais uma no universo de coisas que se passam on-line. Mas, se querem saber, eu aconselho-os a estarem atentos. Não nos podemos dar ao luxo de cegueiras.
A Guaranteed Blinds vende estores. Discorramos: "estores" em inglês é palavra homónima de "cegos" ("blinds"), o que é deveras estranho, já que não há cego que, sendo-o, possa ver estores, seus ou de outrem.
Por outro lado, "estores" é homófono de "stores", palavra inglesa para "lojas". Ora, se a Guaranteed Blinds é uma loja de estores e levarmos as homo-coisas ao limite, podemos dizer que é também uma estore de lojas, uma estore de estores ou até um estore, ou loja, de cegos.
Por outro lado, os "estores" são também "venezianas", porque existiram em Veneza, ou "persianas", porque vieram da Pérsia. O curioso é que a Pérsia é o actual Irão. E eu pergunto: será que a invenção da persiana não fez parte de uma conspiração histórica que tem o seu fim aqui e hoje, nos dias em que um estore corrido permite afastar um enriquecimento de urânio de olhares curiosos? Talvez seja extrapolar demasiado. Por outro lado, reparem que a Guaranteed Blinds vende uma variedade chamada Roman. E não é tão curioso que, quer Veneza, quer Roma, sejam cidades do país que chefia a intervenção da ONU no Líbano?
É possível ver esta loja como mais uma no universo de coisas que se passam on-line. Mas, se querem saber, eu aconselho-os a estarem atentos. Não nos podemos dar ao luxo de cegueiras.
o filme
Boa notícia, melhor do que qualquer iniciativa da CPLP para promover a língua portuguesa: Fernando Meirelles vai realizar uma versão em inglês do "Ensaio Sobre A Cegueira" de José Saramago. E isto não é um engano.
o café de nova iorque
Não sei exactamente até que ponto será melhor do que o nosso café (o melhormelhormelhor do mundo!) e é verdade que "this machines are high precision instruments", ou lá o que é, soa um bocado a parolice, mas tenho de admitir que aquela meia de leite tem bom aspecto... A ler, este artigo, e a ver, este vídeo, sobre o movimento de café artesanal em Nova Iorque.
os sites
Dois novos sites a acompanhar. O primeiro é um blog que já tem audiência garantida nos membros de uma mailing-list informal que já dura há uns bons meses - Olavo Lüpia traz-nos o Andróide Paranóide e presta-se a partilhar a sua erudição musical com o mundo. Já o outro não é novo, mas é igualmente bom e encontrei-o na consequência da minha admiração por Luís Freitas Lobo, um excelente cronista que, por acaso, escreve sobre futebol, privilegiando precisamente o aspecto estratégico, que é o que mais me fascina no desporto. O Planeta do Futebol é, desde hoje, também leitura obrigatória e só é pena que não tenha um feed rss...
Adenda: ler também o interessante Reação Cultural: só pelas crónicas do "casado" Luís Miguel Luz já vale a pena.
Adenda: ler também o interessante Reação Cultural: só pelas crónicas do "casado" Luís Miguel Luz já vale a pena.
o metro
Hoje, em Lisboa, um homem negro falava a um mulher de meia idade sobre Jesus. Ao lado dele, uma adolescente, que já estava a comer o namorado há meia hora, riu-se. Tinha um defeito na fala provocado por uma tacha na língua. Imagino: a crucifixação, hoje, seria com piercings.
o pessoa
Faça-se publicidade a quem a merece. A saber: a Planeta DeAgostini (porque terão metido o "De"?, antes não tinha, pois não?) está a editar uma colecção chamada "Biblioteca Fernando Pessoa e a Geração de Orpheu" que consiste, no essencial, na republicação das obras dos Modernistas no catálogo da Assírio & Alvim com outras capas. O bom de tudo isto, como diz a outra, são os preços. O site da Assírio é esclarecedor: na edição normal, a Mensagem custa €16,5 e o Livro do Desassossego €46. Ora, as mesmíssimas edições (excepto a capa) custaram-me, respectivamente, €4 e €8. Não sei se os preços se manterão lá para a frente - muito provavelmente, a manter-se a tendência, passarão para €16 -, mas, pelo menos, eu aconselho a compra do volume de Bernardo Soares. €38 é muita massa por uma capa.
"morangos com açúcar" pensar 6
eu axo k os morangos tratam de problemas actuais e k ensinam mt aos jovens do noxo país.. e as pexoas k vêm é pk gostam... ixo podem ter a certexa...Este comentário foi deixado aqui por, imagino, um jovem guerreiro que escolheu o anonimato para defender a sua dama, o que, se por um lado me parece agradável, por outro me deixa algo preocupado. Será que andam hordas de iniciados nos Morangos a calcorrear a Internet, tentando, talvez, encontrar e punir os mais inocentes e frágeis Floribelenses?
A minha primeira dúvida: como ler "ixo" (como "icho" ou "icso")? A minha segunda dúvida: o que raio quer "icso" ou "icho" dizer? A minha terceira dúvida: já tendo lido isso várias vezes em vários sítios, afinal, o que ensinam os Morangos com Açúcar aos jovens do nocso (ou nocho?) país? A sério, digam-me: que ensinamento os Morangos com Açúcar contêm que não se esgote no universo criado pelos próprios Morangos com Açúcar?
Para já, era bom que ensinassem a escrever.
o filme
Dito isto, acrescento que fui ver o Super-Homem ainda há pouquinho. Filme q.b., nada de espampanante ou maravilhoso, mas é preciso, é preciso. O curioso é que o tipo salva principalmente os valores super fundamentais, vida, integridade física e outros que tais, mas não se esquece de salvar o dinheiro de um banco. Isto é interessante - já Proudhon dizia que a propriedade é um roubo e Shaw, que escreveu Man And Superman sessenta e pico anos depois, devia concordar com ele. Já Nietzsche, que foi o primeiro a falar em super-homem, não devia achar grande piada a socialismos, a menos, talvez, que o banco fosse de judeus, e aí vinha o amigo Wagner dar uma ajuda. Bem, claro que Nietzsche teria preferido que Wagner fosse marido enganado a amigo, mas isso já é outra história e, seja como for, tudo acabou sobre o lombo de um cavalo que, ao que sei, não estava coberto com uma capa vermelha.
o fracasso
Eu tenho algo a confessar. Eu sempre pensei em juntar Arnold Schwarzenegger e João César Monteiro. Seria maior do que Gémeos, maior do que Recordações da Casa Amarela. Via-os numa cena, vagabundos andrajosos sentados no patamar de uma porta. O Arnie estaria sem dentes à frente e descarregaria a sanha do peditório mal sucedido a invectivar algum transeunte inocente. O César, bom, estaria encostado ao umbral de pedra e teria um cigarro na mão a consumir-se lentamente enquanto observava o companheiro gigantone a atacar a burguesia. Mas, anos depois, o César morreu e o Arnie meteu-se na política. Como se diz nos filmes, há coisas que não estão destinadas a ser.
a notícia
Mais uma vez, porque não conheço meio mais eficiente de dar a boa nova, este ano vou fazer parte do Júri Jovem do Imago. De 30 de Setembro a 8 de Outubro, venham lá ver alguns filmes, sim?
as mulheres
Na verdade, a coisa mais irritante que as mulheres - as pessoas; mas principalmente as mulheres - podem ter é falar de relações pessoais como se falassem de política. Não teria muita importância se o fizessem à Churchill, mas todas o fazem à Alberto João...
o dia
Eu e o Pedro estávamos na biblioteca, andava a estudar Processo Civil (bom professor, o Miguel Mesquita,bem mais do que eu fui aluno). A primeira mensagem foi da minha mãe, dizia que um avião tinha batido no World Trade Center, mas eu não liguei muito - pensei que fosse fait divers, um acidente com uma avioneta, algum maluco que se pusera a voar sem segurança. Depois, notei as conversas ao lado da parede, as caras de caso. Perguntei a alguém, um tipo que tinha estudado Cinema (normalmente, ia-se para o Cinema depois do Direito, ali foi ao contrário), ele sabia. Eu e o Pedro fomos para o Couraça, o único sítio com televisão ali perto. Era verdade, o mundo estava a mudar à frente dos nossos olhos. Passaram imagens de pessoas a festejar, soube-se dias mais tarde que era material de arquivo. As imagens disseram verdade e disseram mentira. Por um momento, algumas horas, lembrámo-nos que, por mais que o queiramos regular, prever ou dominar, vivemos num mundo imbuído no caos. Não há maneira de lhe dar a volta.
as 6 coisas
6 coisas sobre mim:
- Titi de São Jorge.
- Atirei uma laranja por cima de Monção fora. A laranja caiu dentro, adeus, Monção, vou-me embora.
- Organização não arrumada.
- Paciência e persistência superam a resistência.
- As pernas foram inventadas antes da roda, sabia?
- O muito comer, pouco rezar e nunca pecar levam a alma ao bom lugar.
Passo ao João, à Francisca e à Ana Marta.
- Titi de São Jorge.
- Atirei uma laranja por cima de Monção fora. A laranja caiu dentro, adeus, Monção, vou-me embora.
- Organização não arrumada.
- Paciência e persistência superam a resistência.
- As pernas foram inventadas antes da roda, sabia?
- O muito comer, pouco rezar e nunca pecar levam a alma ao bom lugar.
Passo ao João, à Francisca e à Ana Marta.
os novos jornais
Comprei o Público reorganizado de sexta-feira e o Expresso encolhido de sábado. Reorganizarei os meus hábitos de compra de jornais? Sim, já que, uma vez que tenho a maior parte da minha informação pela Net, passarei a abdicar da compra sistemática de pelo menos dois Públicos por semana (6ª e Sábado) para comprá-lo só à 6ª - com Y e Mil Folhas juntos, não quero mais nada. Quanto ao Expresso, agradou-me sem entusiasmar: o caderno principal foi o único a ser verdadeiramente modificado, com um apuro gráfico louvável que representa um grande avanço relativamente à antiga filosofia de tudo ao molho e fé em deus. No conteúdo, notei algum facilitismo (o artigo sobre a possibilidade de gravar cópias dos cd's que compramos era puro material de revista - cuidado com isso...), mas nada de grave - no essencial, estava igual. A verdade é que os nossos corpos habituam-se às leituras. O hábito de folhear o Mil Folhas ao Sábado enquanto se toma um café perde algo da sua componente ritualística quando o jornal é comprado no dia anterior. Agora, jornal mudado, mudamos nós com ele também.
a pessoa 3 e último
Muito bem, Anónimo! Esta senhora é Hilary Swank, a bi-vencedora do Óscar de Melhor Actriz que, depois de andar ao murro sob a tutela do Clint Eastwood, fez uma sessão fotográfica em roupa interior para a Calvin Klein.
o blogsvertise
Tomei conhecimento do serviço Blogsvertise no artigo de Kathleen Gomes no Público do último Domingo. Consiste num sistema de publicidade para blogs em que se encomenda aos autores textos sobre os anunciantes. A empresa pede um número mínimo de 3 links para o site do anunciante e este post é uma experiência pedida pelos próprios, de modo a verificar se os autores em período de avaliação compreenderam o sistema - e, convenhamos, para publicitar os próprios publicitários...
Houve um factor essencial que me fez querer experimentar o Blogsvertise: o de não se pedir uma orientação da opinião. O que se quer é só que o blogger escreva sobre a empresa anunciante, bem o mal. As regras não me pareceram problemáticas e, por isso, decidi experimentar. Se for aprovado, tanto melhor. Mantê-los-ei informados.
Houve um factor essencial que me fez querer experimentar o Blogsvertise: o de não se pedir uma orientação da opinião. O que se quer é só que o blogger escreva sobre a empresa anunciante, bem o mal. As regras não me pareceram problemáticas e, por isso, decidi experimentar. Se for aprovado, tanto melhor. Mantê-los-ei informados.
a morte
A morte de Steve Irwin dá que pensar. Não era uma personagem televisiva (e, aqui, "personagem" não é inocente) de grande reputação cultural, mas havia realmente algo de interessante na sua postura. Com ele, o espectáculo não era da Natureza em si mesma - os seus documentários não eram um BBC Vida Selvagem; quanto muito, seriam BBC Vida de Steve Irwin. Não era um David Attenborough, fascinado pela observação de uma beleza exterior. Era, sim, um equilibrista, um artista de circo, que andava permanentemente em acrobacias na corda bamba, mas que transformara a corda bamba em animais perigosos e indomados (o nosso fascínio quanto à sua forma de espectáculo não assentava no seu domínio, como acontece relativamente ao do domador; pelo contrário, assentava na sua vulnerabilidade e, por isso mesmo, a identificação com o comum mortal era muito fácil). Ou seja, enquanto o documentário de Natureza convencional aspira à Biologia, o programa de Steve Irwin aspirava ao circo. Foi o mais carismático representante de um formato televisivo que resulta - e isto, sim, é interessante, talvez mais do que o próprio formato - de uma representação da Natureza enquanto agressiva e adversa à presença humana; por outras palavras, um formato que pergunta o que acontecerá se o observador oculto sair do esconderijo. Da primeira vez que o vi, o homem estava a deitar-se num ninho de dragões de Komodo, lagartos de 2 metros que têm a língua infestada de bactérias. Isso pode não ser grande televisão, mas merece respeito. Ou, pelo menos, alguma consideração.
o pensar
Depois de hoje ter pensado durante horas até chegar às palavras Ventimiglia e Port Bou: até que medida são os meus modos de raciocínio derivados dos da Internet e dos do Direito ou estes copiam os modos de raciocínio reais?
a thora
Olhem, sabem que mais? Ela até pode andar a fazer coisas com pessoas que admiro, filmes com o Woody e clips com o Dylan, e fazer publicidade a tinta para os lábios e isso tudo, mas, desde o filme do outro que eu prefiro esta e, agora, ela até realizou um filmezinho com piada, por isso,olha, que se lixe.
a produção
Há ópio a mais no Afeganistão? Eu digo: deixem este solto por lá e, pronto, vão ver que tudo se resolve...
O novo blog
O Fernando Ferreira tem um novo blog e dá-nos música: o dono de uma das maiores coleccções de fanzines da Via Láctea (Plutão excluído, claro - há lá quem tenha uma maior) passou para o computador a sua colecção de cassetes antigas e já postou algumas preciosidades. Coimbra foi chamada cidade de rock'n'roll pelo Y muitas vezes - mas com quantas menções aos Garbage Catz? O PlayOnTape é, desde já, local de visita obrigatória.
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